29/01: Dia Nacional da Visibilidade Trans

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29/01: Dia Nacional da Visibilidade Trans

Postagem atualizada em 29/01/2019 às 16h29

“Neste dia 29 de Janeiro, data que marca a luta por existência das pessoas trans, iniciamos esse breve texto não expondo dados estatísticos de assassinatos, agressões e demais pontos negativos que nos colocam na posição de súplica. Enaltecemos aqui as conquistas e espaços alcançados por esse grupo, mesmo que ainda de forma primária. Brilhamos mesmo com o apagar das luzes, em uma sociedade que se curva ao patriarcado e aos dogmas religiosos ultrapassados, em meio ao século XXI.

Somos mais que uma minoria, dezenas ou centenas, mas sim milhares. Somos pedagogas, enfermeiras, administradoras, modelos, faxineiras, com nossos corpos construídos e rostos expostos ao sol, sem as amarras de uma sociedade normativista. Sol este que nasce para todos, porém para nós requer mais esforços e demonstração de merecimento, mesmo que para um simples ato cotidiano.

Não! Não queremos nada além do mínimo necessário para qualquer ser humano se desenvolver social e humanamente. Sim, o respeito é sem dúvidas o que mais nós buscamos e o que nos permitirá ter a sensação de pertencimento em cada ambiente, seja ele acadêmico, profissional e/ou familiar. A todas nós menos invisibilização e mais respeito, essa deve ser a prioridade de uma sociedade livre e justa para todos”.

O trecho acima foi escrito por Marcela Azeredo, mulher trans é trabalhadora técnica-administrativa do Colégio Pedro II, escola que integra a base do Sindscope, sindicato filiado ao SINASEFE. O tema da visibilidade trans foi pauta do Encontro Nacional de Mulheres do SINASEFE, realizado em março de 2018, com a participação de Jéssica Milaré, Luma de Andrade (de azul na foto acima) e mais de 200 mulheres da Rede Federal. Leia mais sobre o evento.

A pasta de Combate às Opressões do sindicato nacional traz à tona a discussão sobre a visibilidade dos cidadãos e das cidadãs transexuais deste país. É importante lembrar que resistiremos: por Priscillas, Laysas, Kharolines e tantas outras pessoas que tem suas vidas ceifadas cotidianamente no país que, infelizmente, mais mata transexuais no mundo. Em especial neste governo onde a violência contra a população LGBT tem espaço e é bandeira de luta, resistiremos!