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Conheça as palestrantes do Encontro Regional de Mulheres Centro-Oeste do SINASEFE

Postagem atualizada em 13/10/2023 às 12h56

Começa nesta sexta-feira (13/10) o Encontro Regional de Mulheres Centro-Oeste do SINASEFE. O tema desta edição será: “Mulheres de Luta – resgatando histórias e memórias”. Destinado às sindicalizadas dos estados de MT, MS, GO e DF, o evento contará com duas mesas-redondas e quatro grupos de trabalho. Conheça as convidadas para palestrar no Encontro e os objetivos das mesas:

  • 14/10 – sábado – 8h: 1ª Mesa Redonda – Mulheres no plural: territórios, territorialidade e resistências
    • Palestrantes: Alessandra Alves de Arruda, Maria Anarrory, Itelvina Maria Masioli e Nirda Rosa.
    • Mediação: Fernanda Silva.

Objetivos da mesa: nesta mesa propomos debater a luta em defesa dos territórios indígenas, quilombolas e da reforma agrária ligados ao MST. Importa apresentar a relevância das mulheres à frente desses espaços que, historicamente, foram ocupados por homens e discutir as dificuldades que existiram e ainda existem para ocupar e se manter em locais predominantemente masculinos. Vamos compartilhar experiências de mulheres que defendem direitos indígenas, do povo negro, quilombola e da terra e suas muitas especificidades relacionadas ao gênero. Diferentes frentes de luta nos vários territórios de Mato Grosso que podem se articular e somar à luta sindical.

Palestrantes e mediadora:

Alessandra Alves de Arruda é pertencente ao povo Guató (TI Baía dos Guató). É presidente da Takina: Organização das Mulheres Indígenas de Mato Grosso. Possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT (2015). É egressa do Programa de Inclusão Indígenas – Proind (Guerreiros da Caneta). Atualmente é Mestranda em Antropologia Social – UFMT. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Saúde e Sofrimento Psíquico, e formação em Terapia Comunitária Integrativa. Atua nos seguintes temas: Ecoterapia, Antropologia da Saúde, Violência contra a Mulher Indígena e Povo Guató.

Maria Anarorry é indígena do povo Yudja da região do Baixo Xingu-MT. Estudante de Serviço Social, hoje está à frente da coordenação geral do departamento de mulheres da Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso (Fepoimt), que tem como objetivo defender o protagonismo e autonomia das mulheres indígenas. Ativista do movimento indígena e de direitos humanos, já atuou como conselheira de saúde na região de São José do Xingu-MT e como assessora da presidência da Fepoimt. Faz parte do conselho da Takina – Organização de Mulheres Indígenas de Mato Grosso.

Itelvina Maria Masioli é diretora estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra em Mato Grosso (MST-MT) e também faz parte do setor de formação do MST. É camponesa, assentada do projeto de assentamento Egídio Brunetto, que se localiza no município de Jucimeira-MT e militante pelos direitos das mulheres camponesas.

Nirda Rosa é quilombola moradora do quilombo Chumbo, que fica próximo da cidade de Poconé (MT). É professora, pedagoga, mestranda em Comunicação Cultura Contemporânea pela Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), membra da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq), integrante do Movimento Negro e membro do grupo de Mulheres Quilombolas em Ação.

Fernanda Silva é antropóloga e professora de sociologia e antropologia no IFMT, Campus Alta Floresta. Atualmente está em licença para o Doutorado em Antropologia, pela Ufam, desenvolvendo pesquisa sobre os conflitos socioambientais com os atingidos das barragens no rio Teles Pires, como os povos indígenas Apiaká, Kayabi e Munduruku, assim como assentados da reforma agrária e pescadores. Atua no Fórum Teles Pires, em defesa dos direitos dos atingidos das barragens do rio Teles Pires e é filiada ao Sinasefe Seção Mato Grosso.

  • 14/10 – sábado – 2º Mesa Redonda – Mulheres no movimento sindical: histórico, conquistas e desafios
    • Palestrantes: Andréa Moraes,  Lélica Elis Pereira de Lacerda e Paula Gonçalves Alves.
    • Mediação: Oseia Bier.

Objetivos da mesa: breve relato do surgimento das organizações dos trabalhadores aqui no Brasil, mostrando a questão histórica dos motivos da baixa participação das mulheres nas associações. Com o processo de industrialização e a necessidade, cada vez maior, das mulheres se tornarem, também, trabalhadoras assalariadas se torna cada vez mais intensa a presença das mulheres nos movimentos sociais e sindicais. No entanto, os obstáculos, para as mulheres, vão desde o papel que a sociedade patriarcal legou às mulheres, tais como os cuidados com os filhos, idosos e doentes, além das tarefas domésticas, até o machismo nos sindicatos, de fácil constatação no ambiente sindical.

Palestrantes e mediadora:

Andréa Moraes é alagoana. Professora de Sociologia do campus Maceió-AL do Instituto Federal de Alagoas desde 2013. Foi diretora de Formação Política e Sindical do Sintietfal-AL na gestão 2019-2021. Na Direção Nacional iniciou a gestão na Coordenação de Formação Política e Relações Sindicais como secretária-adjunta e passou a ocupar, a partir de 07/06/2023, a Coordenação de Políticas para Mulheres, também como secretária-adjunta. Militante do Movimento por uma escola popular (MEP) e da Coordenação Nacional da Unidade Classista.

Lélica de Lacerda é militante sindical, feminista e antirracista. Possui graduação em Serviço Social pela Universidade Estadual de Londrina (2005) e dez anos de exercício profissional enquanto assistente social. Fez mestrado em Serviço Social pela Universidade Federal de Santa Catarina (2013) e doutorado em Programa de Pós-graduação em Serviço Social pela Universidade Federal de Santa Catarina (2017). Atualmente é professora efetiva da Universidade Federal de Mato Grosso, no departamento de Serviço Social e da Pós-Graduação em Políticas Sociais da UFMT. Atua principalmente nos seguintes temas: serviço social, exercício profissional, ontologia do ser social, trabalho e questão social na América Latina.

Paula Alves é professora de criminologia e direito penal da Universidade Federal de Mato Grosso. É a  1ª Secretária da Regional Pantanal do ANDES-SN, militante da corrente sindical da Unidade Classista, militante na luta pelo desencarceramento no Brasil.

Oseia Bier é mulher lésbica, “pau-rodado”, como dizem os cuiabanos, com 30 anos de trabalho na construção pesada (rodovias) e 13 anos na educação, como professora de filosofia. Aposentada recentemente, a compreensão de que há muita luta pela frente coloca o corpo que sou em permanente militância. Em qualquer lugar onde a classe trabalhadora estiver, estarei nela e com ela.

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