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Unidade: mulheres do SINASEFE se reúnem no Centro-Oeste para fortalecer as lutas

Postagem atualizada em 25/10/2023 às 14h12

O calor do Mato Grosso recebeu com vigor as participantes do Encontro Regional de Mulheres Centro-Oeste do SINASEFE, realizado entre os dias 13 e 15/10. Pela primeira vez de modo presencial, mulheres trabalhadoras dos Institutos Federais da região Centro-Oeste, diretoras sindicais e sindicalizadas, se reuniram para debater as questões que tocam o cotidiano de cada uma, individual e coletivamente.

1º Dia – 13/10/2023 – Sexta-feira

A mesa de abertura, apresentada pela 1ª suplente da Direção Nacional do SINASEFE, Priscila Paulino, lotada em São Vicente – MT, foi regada de entusiasmo. Unidade e coletividade foram termos que estiveram no centro do evento. Para construí-las, as ferramentas são organização e luta. Será necessário nadar contra a correnteza, isto é, resistir, todos os dias, às imposições de divisão advindas do sistema capitalista.

A luta das mulheres será capaz de quebrar a barbárie da competitividade e do individualismo no trabalho e nas relações como um todo. Isso nos adoece. O patriarcado, o capitalismo, impõem o lugar de cuidado às mulheres, e o individualismo nos faz fazer isso sozinhas. Por isso, a nossa missão será levar para os nossos locais de trabalho essas questões e esses espaços coletivos. A coletividade feminina é capaz de construir a revolução”, afirmou a secretária de Políticas para Mulheres do SINASEFE, Maíra Martins, na mesa de abertura.

Para Antonieta Costa, mais conhecida como Nieta, referência de luta das mulheres negras no estado de Mato Grosso, é preciso ter consciência da necessidade de movimentação. “Não se pode fazer revolução no conforto. É preciso se mexer para entender a diversidade. Em qualquer lugar a gente precisa entender isso, para não dar continuidade à exclusão. Por isso esse é um espaço de extrema importância para troca e fortalecimento das nossas lutas”, concluiu.

Representando as mulheres do campo, Itelvina Masioli, membro da Direção Estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), fez questão de lembrar a caminhada em conjunto da sua organização com o SINASEFE. Sorridente, mas não menos crítica, contou um pouco da história do
Centro de Formação e Pesquisa Olga Benário Prestes (Cecape), local onde o evento foi realizado. Com 15 anos de existência, o centro, construído com recursos federais, por meio do Instituto Nacional de Colonização de Reforma Agrária (Incra), está localizado dentro do Assentamento Dorcelina Folador. O local foi mobiliado pelas mãos dos próprios trabalhadores, e existe por conta de doações, seja de trabalho de militantes ou de utensílios no geral. O Cecape, que já recebeu outras grandes referências (como a própria Anita Prestes, filha da homenageada e de Luís Carlos Prestes) além do cantor e compositor Zé Geraldo, companheiro histórico do MST, foi a casa das mulheres do SINASEFE por três dias.

“Mesmo com a nossa simplicidade, outras entidades utilizam o centro. E a ideia é essa mesma. Sindicatos e movimentos sociais não andam sozinhos. Nós precisamos nos unir e andar juntos”, declarou Itelvina Masioli, reafirmando o prazer de fazer parte desta parte da história do SINASEFE. Depois da mesa, uma rodada de apresentação conectou mulheres de diversas regiões, como as representantes da gestão nacional que vieram de São Paulo e Maceió, e professoras e técnico-administrativas do Mato Grosso do Sul, dos municípios mato-grossenses de Alta Floresta, Cáceres, Rondonópolis, Santo Antônio, Campo Verde, Campo Novo do Pareci, além da capital, Cuiabá – campus Bela Vista e campus Octayde Jorge da Silva.

Neste momento surgiram alguns dos assuntos que motivaram as presenças das mais de 20 mulheres, desde as expectativas de construir uma agenda de trabalho, até as dificuldades cotidianas. Após dividir um pouco de sua experiência de mais de 30 anos de trabalho no Instituto Federal, nos quais acompanhou mudanças que levaram à precarização da instituição, a técnico-administrativa Maria Pacheco resumiu um anseio de todas. “Que políticas podemos reivindicar para a melhoria do Instituto Federal, principalmente nas condições das mulheres?”, questionou.

Diferenças que aproximam

O segundo dia de atividades começou com duas mesas de debates. A primeira, intitulada “Mulheres no plural: territórios, territorialidades e resistências”, trouxe a representação do campo, quilombola, e previa a participação das lideranças indígenas Maria Anarrory e Alessandra de Arruda (povo Guató), que não conseguiram comparecer devido a um imprevisto.

A mediadora, professora Fernanda Silva, explicou que o objetivo da mesa poderia ser definido como refletir acerca das diferenças que aproximam, capazes, assim, de fazer ainda mais forte a luta das mulheres. Itelvina Masioli (MST) compôs novamente a mesa, desta vez para falar da dureza que as mulheres enfrentam no campo. “Não é nada fácil. A cultura de opressão e a submissão das mulheres também se reproduz no campo. E nós estamos aqui para pensar como a gente rompe com isso”, afirmou. Para a coordenadora do Movimento, o feminismo é uma perspectiva de emancipação da classe. “A luta é a faculdade da vida. Nós precisamos forjar novas relações entre seres humanos e a natureza. Não dá para separar a emancipação das mulheres a luta de classes; reforma agrária, acesso às sementes ao território, tudo isso é luta das mulheres”, acrescentou. Tentando responder a própria questão sobre como romper com a cultura de opressão e submissão das mulheres, apontou a organização, a formação e a luta como elementos centrais para promover essa mudança. “Nós precisamos da unidade dos trabalhadores do campo e da cidade para enfrentarmos a sociedade capitalista, patriarcal e racista. Nossa tarefa é alimentar a esperança coletiva e nossa capacidade de sonhar, pensar hoje a nova sociedade que queremos construir”, finalizou.

A representante quilombola, Nirda Rosa, moradora do Quilombo Chumbo, dividiu sobre os conhecimentos ancestrais do seu povo com relação à saúde, ervas medicinais, e também a forte relação com a terra e a resistência às investidas do agronegócio. “A água brota da terra, o alimento brota da terra, a saúde brota da terra. Meus ancestrais me fizeram chegar até aqui para sair do meu conforto e gritar por um mundo melhor. Nossos direitos estão sendo negados. Aquilo que nós já conquistamos está sendo negado. Querem nos silenciar. Então, não é fácil, mas a luta tem que ser constante”, garantiu. Rosa falou, ainda, que o capital tem provocado interferências na qualidade de vida da população quilombola, a ponto de os mais velhos estarem morrendo cada vez mais cedo. De acordo com a pedagoga e mestre em Estudos Contemporâneos pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), se até pouco tempo os idosos ultrapassavam os cem anos, com qualidade de vida, hoje a expectativa tem sido de cerca de 80 anos. Além disso, a convidada refletiu sobre a importância do lugar de fala. “Nosso lugar é de luta e resistência constante. Por isso, quem tem de contar a nossa história, somos nós. Quem passa pelos nossos problemas somos nós, então quem tem que dar esse grito de guerra somos nós. Assim poderemos lutar em conjunto de forma circular, e não vertical”, definiu.

Encerrando a mesa, a mediadora destacou como a troca de aprendizado entre diferentes experiências é importante. “Vocês estão o tempo todo desafiando o modelo de sociedade que a gente vive. E é o que a gente também precisa fazer, porque o tempo todo a gente é cerceada dentro de uma instituição pública que parece que tem dono. A gente precisa aprender com vocês inclusive essa relação com os ancestrais. Quem veio lá atrás para a gente poder estar aqui?”, refletiu Fernanda Silva.

Ponta de lança da revolução

Ainda pela manhã, as participantes desfrutaram da segunda mesa de debates, com o tema “Mulheres no movimento sindical: histórico, conquistas e desafios”. A mediadora foi a professora aposentada Oséia Bier, e as convidadas Lélica Lacerda (Associação dos Docentes da UFMT – Adufmat-Ssind), Paula Gonçalves (Regional Pantanal Andes-SN) e Andréa Moraes (SINASEFE), também professoras.

Lélica Lacerda iniciou sua exposição traçando um histórico de dois mil e seiscentos anos em apenas 15 minutos. A docente afirmou que foi na Grécia Antiga, cerca de 600 a.C, que o advento da propriedade privada instituiu, também, desigualdades presentes nas sociedades capitalistas até os dias de hoje. “A coisificação da terra e da mulher, e a desumanização dos não brancos, que eram os escravizados, começa junto com a instituição da propriedade privada”, garantiu.

A professora afirmou que a transformação da natureza, por meio dos meios de produção, até trouxe coisas necessárias aos seres humanos, mas esta mediação preservou a coisificação da natureza. Assim, como o capitalismo precisa sempre de expansão para existir, as crises que enfrenta, inerentes ao próprio modelo, estão relacionadas atualmente à superprodução, e não à escassez. “Para aumentar o lucro é preciso tomar o que é do outro. Assim, a partir da década de 1970, o capital começa a avançar sobre os direitos sociais e os serviços públicos. Assim alimentam os discursos conservadores para atacarem segmentos e seus direitos. A crise impõe uma necessidade de escolha, e o Estado burguês se utiliza do fascismo para avançar”, avaliou.

Por fim, a professora foi taxativa ao indicar que sob o capitalismo a perspectiva não é de sobrevivência. “O capital não tem nenhuma proposta civilizatória. O lucro não tem nada a ver com as necessidades humanas. Existe a máxima ‘socialismo ou barbárie’, e na barbárie nós já estamos. Para Mészáros, a questão agora é ‘socialismo ou o fim da humanidade’. A Revolução nunca esteve tão morta, mas ao mesmo tempo tudo indica que a Revolução é uma necessidade para ontem, e à medida que é uma necessidade, se torna uma possibilidade”, enfatizou, ressaltando que, em diversos momentos históricos, revoluções e revoltas tiveram as mulheres como ponta de lança.

Dialogando com a primeira exposição, a professora Paula Gonçalves fez um breve histórico do sindicalismo no Brasil, afirmando que os sindicatos foram e são instrumentos históricos para a conquista de novas formas de sociabilidade.

“Não são os únicos, nem os mais expoentes, mas são fundamentais”, destacou. Isso porque há limitações para atuação dos sindicatos, que representam categorias de trabalhadores, além das próprias contradições sociais. Por isso, segundo a docente, o esforço militante deve ser sempre para voltar os sindicatos para as suas bases e conscientizá-las, como pressupõe o chamado “Novo Sindicalismo”, que surgiu na década de 1980, quando a sociedade brasileira vivia um momento de ebulição política a partir do fim da ditadura militar. A docente falou, ainda, que a participação, presença e exercício de poder das mulheres nos espaços de luta, sejam do campo ou da cidade, são fundamentais. Além disso, pontuou algumas questões. “Precisamos popularizar o sindicalismo, quebrando a lógica neoliberal de fragmentação, e pensar: quem está na base do sindicato? No nosso caso, quem ocupa as universidades hoje? Quem tem as condições concretas de fazer luta? Esses são só alguns dos nossos desafios”, concluiu.

Já encaminhando o final do debate, Andréa Moraes, secretária- adjunta de Políticas para as mulheres do SINASEFE, retomou Rosa Luxemburgo para lembrar que homens e mulheres não são oposição; que a verdadeira disputa é entre capital e trabalho. Entre outros poemas e citações, destacou que o próprio trabalho de cuidar, educar, formar, relegado às mulheres, é revolucionário.

“Parece que as mulheres não fizeram história, mas é bem o contrário: nós, mulheres, só fizemos história. O que acontece é que tentaram nos silenciar, invisibilizar. Mas o papel de educar filhos para uma nova sociedade é, por si só, revolucionário. A dupla jornada, a desvalorização das profissões consideradas essencialmente de mulheres são obstáculos, sim, mas um dos elementos que nós temos de perseguir é o da organização”, declarou Andréa.

Uma das suas observações acerca da participação das mulheres em espaços de debate e decisão foi a timidez, que muitas utilizam como justificativa para não intervirem publicamente. “Não é timidez, é opressão”, avaliou. A professora concluiu sua defesa lembrando que os sindicatos são mediações para se pensar a sociedade almejada. “A mulher preta nunca deixou de ser trabalhadora. Nossa tarefa na organização das mulheres é sermos anticapitalistas. Avançar na luta tendo o sindicato como organização e a sociedade como fim”.

A mediadora da mesa, Oseia Bier, encerrou a atividade agradecendo às participantes e refletindo sobre utopia. “Que utopia nós temos hoje? A de nos aburguesar. O nosso desafio é resgatar aquela ideia de sociedade que o individualismo esgarçou”, pontuou.

2º Dia – 14/10/2023 – Sábado

Em meio ao rico ambiente de troca, as participantes aprovaram uma série de propostas que serão, também, encaminhadas ao 35º CONSINASEFE. As ideias surgiram na tarde do sábado, 14/10, durante os Grupos de Trabalho, organizados com os seguintes temas:  discriminação, violências e assédio contra a mulher no espaço de trabalho; mães trabalhadoras: desigualdades no ambiente de trabalho; acessibilidade e inclusão no local de trabalho: da política de ingresso à aposentadoria; racialização e relações de trabalho no IFMT.

Uma das propostas apresentadas foi “endossar a carta denúncia de servidor-destaque”. Isso porque, em Mato Grosso, foi implementada uma política bem mercadológica de “valorização” do servidor: o título de “servidor-destaque”. Considerada uma ação assediosa pelas servidoras, a proposta de endossar a carta tem a intenção de denunciar o fato nacionalmente, e vetar qualquer tipo de “premiação” do tipo.

3º Dia – 15/10/2023 – Domingo

Foi na Plenária final que as propostas apresentadas durante os GTs foram definitivamente formatadas e aprovadas. De acordo com as participantes, essa será a primeira vez que uma tese unificada de mulheres será apresentada nacionalmente. Ao todo, 38 propostas foram encaminhadas no evento e serão direcionadas ao 35º CONSINASEFE.

Antes e depois da aprovação, as participantes foram inspiradas por algumas apresentações culturais virtuais, tanto nacionais, ao ritmo do slam, com Luiza Romão e Mel Duarte, e também regionais, com músicas de Karola Nunes e Pacha Ana. “Pra correr tem que aprender a caminhar”, diz a letra da música “Chorar”, interpretada pelas duas cantoras mato-grossenses. E a ideia é essa: seguir passo a passo construindo políticas que melhorem a vida das mulheres trabalhadoras do SINASEFE.

Para a primeira suplente da DN, Priscila Ferrari Paulino, também membro da Coordenação Geral do Sinasefe São Vicente, este primeiro encontro regional foi um marco de muita representatividade. “O evento teve uma grande representatividade. Nós entendemos que os desafios, as pautas entre as mulheres, entre as seções, são muito similares, e que, por isso, a unificação organizada é importante para que essas pautas se tornem uma defesa concreta nas nossas realidades de trabalho, nos nossos espaços. Essa união fortalece, provoca uma consciência de que a gente precisa estar organizada e exigir que esses direitos sejam garantidos. Não de forma competitiva, mas de forma orgânica e coletiva. Unidas, as mulheres conseguem lutar, resistir e avançar. A união é a luta por uma nova forma de sociedade, que tenha inclusão, sem violência, sem opressões”, afirmou.

A dirigente destacou, ainda, que o objetivo agora é fazer com que as demandas levantadas no encontro não caiam no esquecimento. “Nós que participamos desse encontro temos a responsabilidade de levar essa experiência para outros espaços, para outras companheiras. Que esse espírito permaneça, que a gente não o perca. A gente sabe das dificuldades, das limitações que as mulheres têm, mas foram três dias de reflexões importantes, então, que a gente possa fazer esse encontro acontecer em outros lugares”, pontuou.

Já a coordenadora geral do Sinasefe Mato Grosso, Vera Cristina de Quadros, avalia que o encontro foi bastante rico. “Foi uma experiência riquíssima, de grandes aprendizados, de troca de luta, de resistência, um grande compartilhamento de esperanças, de ânimo, de uma caminhada que se faz cada vez mais conjunta, neste sonho de esperançarmos juntas, de construirmos esse nosso coletivo de servidoras da rede federal, dos nossos institutos da Regional Centro-Oeste, caminhando para que as nossas singularidades femininas e as nossas lutas sejam respeitadas, valorizadas e que nossas conquistas sejam para nós e para todas que vierem conosco e além de nós. Que realmente nós possamos avançar, mais do que resistir. Temos resistido, mas avançaremos daqui em diante, juntas”, declarou, empolgada.

Quadros aponta a expectativa de que os encaminhamentos façam avançar as lutas e de que outros encontros regionais sejam realizados em breve. “Saímos com alguns encaminhamentos muito importantes, que significam muito para todas nós. Encaminhamentos de natureza local, das especificidades da região Centro-Oeste, de comprometimento das Seções Sindicais envolvidas, mas também encaminhamentos que levaremos para a Nacional, entendendo que são políticas que devemos levar a cabo, enquanto SINASEFE, para todas as mulheres sindicalizadas. Somos mulheres na luta, trabalhadoras da educação, sabemos quem somos e o que queremos: cada vez mais vida digna para todas, nada mais e nada menos. Não estamos sós, e esperamos as mulheres da categoria nessa caminhada até o segundo encontro regional. Nós só vamos fazer a grande mudança que precisamos, na profissão e na sociedade, quando entendermos o papel que nos cabe e que nós podemos fazer a revolução”, concluiu.

Confira, abaixo, todos os encaminhamentos aprovados no Encontro Regional de Mulheres Centro-Oeste do SINASEFE:

GT 1 – Discriminação, violências e assédio contra a mulher no espaço de trabalho

  1. Cobrar das instituições a criação de observatórios para acompanhamento de denúncias de racismo e de assédio;
  2. Lutar por cadeiras do sindicato nas comissões de combate ao assédio e em todos os espaços de representatividade das instituições;
  3. Lutar pela paridade de gênero nas comissões institucionais, principalmente nas que tratam de assédios;
  4. Campanha contra o aparelhamento da Ouvidoria;
  5. Endossar a carta denúncia da campanha de servidor destaque;
  6. Solicitar ao SIASS dados sobre afastamento por licença saúde;
  7. Promover pesquisa entre os servidores sobre adoecimento e assédio no trabalho;
  8. Campanha de combate e conscientização do assédio envolvendo outros órgãos como OAB, MP;
  9. Nota denunciando a adição de mediação de conflito com métodos anticientíficos nas instituições;
  10. Espaço para fortalecimento e união das mulheres.

GT2 – Mães trabalhadoras: desigualdades no ambiente de trabalho

  1. Estender o Sinasefinho para todos os eventos;
  2. Considerar especificidades das mães e atendimento às crianças quanto a horários em atividades sindicais;
  3. Reivindicar a flexibilização de horários em eventos e cursos institucionais, bem como a oferta no formato híbrido;
  4. Assegurar o pagamento de diárias e passagens das crianças;
  5. Cumprimento da previsão estatutária de efetivação da pasta de mulheres nas seções sindicais;
  6. Respeito as reduções de horários das mães de PCD/TEA para oportunizar a ocupação de cargos e funções;
  7. Lutar pela proporcionalidade da carga horária de ensino, pesquisa e extensão docente;
  8. Fomentar e auxiliar meios legais para que haja creches para servidoras e estudantes nos campi.

GT3 – Acessibilidade e inclusão no local de trabalho: da política de ingresso à aposentadoria

  1. Transparência na política de ingresso, pois nem sempre os editais indicam o campus a que a vaga é destinada;
  2. Reivindicar o acolhimento institucional no ingresso de novos servidores e nas remoções;
  3. Reivindicar que informações sobre as regras de aposentadoria estejam acessíveis aos servidores;
  4. Cobranças de concursos para preencher a falta de servidores nos campi;
  5. Exigir a publicização das justificativas das remoções ex officio dos servidores;
  6. Exigir o cumprimento da lei acerca dos afastamentos dos professores por questões de saúde: as atividades não devem ser repostas;
  7. Promover formação sobre carreira e aposentadoria.

GT4 – Racialização e relações de trabalho no IFMT

  1. Tratar esse GT como primeira pauta da plenária final;
  2. Cobrar das instituições a criação de observatórios para acompanhamento das denúncias de racismo;
  3. Programa de formação permanente para os servidores, ofertados pelo sindicato;
  4. Comprometimento das seções enquanto movimento sindical antirracista;
  5. Assessorias jurídicas com letramento racial (com comprovação);
  6. Cobrar das instituições formação para o letramento racial dos servidores;
  7. Cobrar cumprimento dos critérios estabelecidos para composição das bancas permanentes de heteroidentificação;
  8. Comprometer-se a efetivar a criação da pasta de combate às opressões;
  9. Exigir o cumprimento dos prazos dos processos administrativos disciplinares de racismo em andamento;
  10. Esse encontro apoiar a indicação de uma juíza negra para o STF;
  11. Estimular e fortalecer os encontros dos movimentos negros;
  12. Que a pauta racial seja prioridade nos eventos do sindicato;
  13. Tudo que elaborarmos nesse evento seja assinado pelas seções e pela nacional.

*Cobertura jornalística e fotográfica elaborada por Luana Soutos DRT 1676/MT.
Edição: Decom/SINASEFE.

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