Postagem atualizada em 17/05/2014 às 3h23
Servidores da base da Condsef aprovaram em plenária nacional a elaboração de uma carta direcionada à presidenta Dilma Rousseff. Após diversas atividades de pressão para conseguir reabrir um processo de negociações efetivo com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), a categoria vai agora ao Palácio do Planalto cobrar atenção à pauta dos servidores. Para protocolar a carta direcionada à presidenta Dilma, os servidores organizam uma atividade para o próximo dia 29 de maio. O objetivo é conseguir uma audiência com a Presidenta, que já recebeu diversos representantes da classe trabalhadora, mas nunca recebeu representantes dos servidores públicos federais para tratar especificamente a pauta do setor.
Na carta, os servidores apresentam a insatisfação com as sucessivas negativas aos apelos de atendimento de uma pauta emergencial entregue no início desse ano pelo conjunto dos federais. Em nome da “preservação do equilíbrio fiscal” – que é a produção de superávit primário para acalmar o mercado financeiro internacional – mais de R$ 248 bilhões do que o Estado arrecadou em impostos da população deixaram de ser investidos em melhorias no setor público. Valor que é o dobro do necessário para arcar com a previdência social, a segunda maior despesa da União e que está muito longe de alcançar investimentos somados em saúde, educação e transportes.
Discurso descolado da prática
Os servidores ainda apontam na carta que as ações do governo não estão em sintonia com o discurso da própria Dilma, que em seu último pronunciamento à nação afirmou que este nunca será o governo do arrocho salarial. Com perdas comprovadas por estudos de seu poder aquisitivo, os servidores esperam que o governo ouça e atenda as reivindicações mais urgentes apresentadas pelos federais. Dilma ainda acrescentou em seu discurso seu governo dialoga com os sindicatos e os movimentos sociais, no entanto, servidores federais ainda não tiveram a oportunidade de dialogar seus anseios e expor os problemas do setor em seu mandato.
Entre as prioridades, estão temas como a antecipação da parcela do reajuste salarial previsto para janeiro de 2015, extensão da Lei 12.277/10 a outras categorias do setor público, reajuste em benefícios como auxílio-alimentação e saúde suplementar, entre outros. A regulamentação da negociação coletiva no setor público também está entre as prioridades para a categoria. A expectativa é de que os servidores consigam abrir um canal de diálogo efetivo com o governo capaz de resolver os pontos centrais apresentados com soluções para os problemas mais urgentes colocados.