CNG lança nota ao Conif cobrando respeito ao direito de greve

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CNG lança nota ao Conif cobrando respeito ao direito de greve

Postagem atualizada em 09/12/2016 às 0h16

O Comando Nacional de Greve (CNG) do SINASEFE lançou nesta quinta-feira (08/12) uma nota endereçada ao Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), cobrando respeito por parte dos reitores ao direito constitucional de greve dos servidores públicos.

Nota
Leia abaixo o texto integral da nota produzida por nosso CNG:

Nota do CNG do SINASEFE ao Conif

Nós, servidores da Educação Básica, Técnica e Tecnológica Federal, tendo em vista o gravíssimo momento pelo qual passa o nosso país, diante de conflitos entre os poderes da República e imposturas de todas as ordens praticadas por aqueles que deveriam representar os legítimos interesses dos seus representados, vimos, por meio desta nota, ratificar nossa indignação com relação às atitudes de alguns reitores que são flagrantemente contrárias aos interesses dos trabalhadores e trabalhadoras, técnicos e docentes e sobretudo, contrárias aos interesses dos Institutos Federais.

Nos causa espanto o fato de que alguns reitores, a despeito de ainda não haver sido publicado o acórdão que regula o corte de ponto dos servidores e servidoras, manifestarem-se intempestiva e ameaçadoramente no sentido de cortar imediatamente o salário de trabalhadores em greve, tão logo seja emitida ação executória do MPOG neste sentido.

Lembramos a vossas magnificências que nosso movimento paredista é consequência direta das intensas e contínuas investidas dos poderes legislativo e executivo – com o respaldo do poder judiciário – no sentido de desmantelar toda a estrutura do Ensino Público no Brasil. Esta luta não é somente por nossos salários ou nossas carreiras; é também e, sobretudo, pela existência de uma educação pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada para todos os brasileiros.

Lembramos que vossas magnificências têm o dever fundamental de representar os Institutos perante o MEC, e não o contrário, a fim de que este ministério garanta as plenas condições para o funcionamento dos mesmos. Portanto, esta deve ser a luta de todos os membros deste Conselho, pois, assim como nós, cada um dos senhores e senhoras também são servidoras e servidores públicos da educação. O cargo de reitor não é vitalício, senhoras e senhores; em breve, vossas magnificências estarão de volta às salas de aula, laboratórios e aos gabinetes, dividindo conosco as angústias e lutas que, como se vê, ainda estão apenas no começo.

Deste modo, reiteramos nosso repúdio às ameaças e pressões, implícitas e explícitas, diretas e indiretas praticadas nas últimas semanas contra os servidores e servidoras em greve. Cada um dos senhores e senhoras têm, a despeito de suas posições políticas individuais, a obrigação moral de lutar pela manutenção das condições de trabalho e pleno funcionamento de cada um dos Institutos Federais deste país.

Estamos passando por uma crise de representatividade no Brasil. Nós, seus representados, solicitamos a vossas magnificências que nos representem de fato, não defendam interesses que violam os direitos e conquistas históricas do povo brasileiro. Não reproduzam esta violência; os senhores e senhoras não têm esse direito; nós não os elegemos para isto.

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Confira aqui a nota divulgada acima em formato PDF.