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Acompanhe cobertura do evento em tempo real

Postagem atualizada em 22/11/2022 às 10h54

Acontece nesta quarta-feira (13/11), no Hotel San Marco, em Brasília-DF, o 2º Encontro Nacional de Mulheres do SINASEFE. A cobertura em tempo real do evento (com informes e imagens) será disponibilizada nesta postagem ao longo do dia.

Noite

“Se cuida, se cuida, se cuida seu machista, a América Latina vai ser toda feminista!”, durante o Sarau Voz em Rede, que encerrou o 2º Encontro Nacional de Mulheres do SINASEFE, participantes que visitaram a embaixada da Venezuela nesta noite apresentaram um informe, confira a íntegra em vídeo:

https://www.facebook.com/sinasefe.nacional/videos/716002328908506/

Sarau Voz em Rede, com música e poesia, encerra o 2º Encontro Nacional de Mulheres do SINASEFE. Encontro reuniu mais de 240 mulheres vindas de todo país, repudiando a violência machista e indicando dezenas de encaminhamentos para dar segmento nas lutas do próximo período.

https://www.instagram.com/p/B40oZFAgjq3/

Com o fim da invasão à embaixada da Venezuela, mulheres deliberaram pela realização do Sarau Voz em Rede nas dependências do Hotel San Marco, como previsto anteriormente.

Tarde

Socialização dos debates Grupos de Trabalho tem a participação das relatoras e organizadoras dos espaços: GT 1: Paula Andrea e Rita Gil; GT2: Heloísa Santos e Marlene Socorro; GT3: Natasha Mendes e Mariana Brito; GT4: Amália Leites e Maria Medeiros.

Encerramento dos debates sobre violência contra a mulher teve a leitura de manifesto antissexista das mulheres do Sindscope (leia aqui) e também teve samba. Após pausa para o lanche, participantes socializarão debates dos GTs realizados na manhã de hoje.

https://www.facebook.com/sinasefe.nacional/videos/417884158906184/

Durante o debate sobre violências contra a mulher, participantes propuseram moção de apoio à Venezuela, com a ida das participantes para as imediações da embaixada invadida. Com 71 votos favoráveis, 45 contrários e 21 abstenções, mulheres aprovaram a realização do Sarau Voz em Rede nas imediações da embaixada venezuelana.

Participantes do evento aprovaram uma mudança na pauta adiantando a mesa de violência contra as mulheres e adiando a socialização dos GTs para o segundo momento da tarde. Mesa tem as intervenções de Paula Balduíno, Inara Waty e Ale Mujica.
Refletindo sobre a violência no espaço escolar, Paula Balduino comenta situações em seu local de trabalho, campus Planaltina do IFB. “Vivenciamos a violência através de nossos corpos, nosso primeiro território”, destacou Paula. De todas as mulheres que sofreram violência, mais de 66% são negras, como mostra o Atlas da Violência de 2016“, comentou. “Acredito na possibilidade de criar redes de afeto, fazendo trocas do cotidiano, visitando as escolas umas das outras, já que nossa resistência também se dá no cuidado entre nós”, finalizou a professora.

Barreiras como a linguagem e as imposições culturais para dialogar com as mulheres indígenas, são comentadas pela palestrante Inara Waty, do povo Satwé-mawé. “Eu posso muito bem fazer medicina e ser uma pajé, aos poucos vamos quebrando essas barreiras e nos apropriando das informações que não chegavam direito até as mulheres indígenas”, pontuou. “Logo ao entrar, Bolsonaro acabou com a Funai, são ataques terríveis. Ainda bem que nos sentimos acolhidas pelos movimentos sociais” explicou. “Mas também temos avanços, mulheres que nunca haviam ocupado espaços de representatividade hoje já são líderes de suas comunidades. Aqui estou eu, Inara, mas atrás de mim tem toda uma ancestralidade” encerrou Inara.

Em sua intervenção, Ale Mujica convidou à reflexão sobre três pontos centrais, afetos, linguagem e comunicação. “Agora estamos nos afetando, afeto vai para além do amor. A nossa presença suscita afetos. Mas, lamentavelmente, aprendemos que o afeto se deixa em casa, fomos condicionadas a deixar o afeto em casa. O movimento fascista se utiliza do afeto também, do ódio, da raiva”, explicou. “No caso da linguagem, ela carrega uma história, uma emoção e um sentido. É importante pensar na linguagem que usamos para falar com as pessoas e das pessoas. As pessoas que lemos, por exemplo, nós não conhecemos as produções latino-americanas da mesma forma que conhecemos europeus e norte-americanos” discorreu Ale. “O que fazemos com as diferenças? Apagamos, infelizmente. Tentamos homogeinizar as pessoas. As pessoas diferentes no segmento da saúde são patologizadas. Circulamos, essencialmente, em espaços onde se constrói a heternormatividade. Até mesmo antes de nascer as pessoas já tem toda uma estrutura heteronormativa e cisnormativa que as espera“, destacou Mujica. Ela encerrou com questões para reflexão e um chamado: “Quais são os afetos que nos movimentam? Quantas têm que morrer? Por que se cobram tantos números de violência? Já basta pessoa agredida para nos mover!“.

Retomada do 2º Encontro de Mulheres do SINASEFE tem o informe da Coordenadora de Comunicação, Lucrécia Iacovino, sobre a situação de alerta na embaixada da Venezuela. Complementada por Fernanda Rosá, Coordenadora de Políticas para Mulheres, a indicação foi de enviar apoio aos às lutadoras e lutadores que resistem à invasão ocorrida nesta madrugada. Leia mais na matéria do Sinasefe Brasília-DF.

Manhã

Pausa para o almoço com a retomada dos trabalhos prevista para 13h15.

Cobertura do Encontro de Mulheres também é realizada pelas profissionais de comunicação: Marina Maria (Sinasefe Brasília), Rejane Nogueira (Sindscope) e Taiane Volcan (Sinasefe IFSul). Acompanhe informações nas redes sociais e sites das Seções: Sinasefe Brasília, Sindscope e Sinasefe IF Sul.

#Por um sindicalismo antissexista: Um varal de relatos foi criado no auditório pelas participantes do Sindscope. Convite do material é para que as mulheres contem (sem a necessidade de identificação) suas histórias nos ambientes de militância. Leia o material do Sindscope.

Durante a atividade, as crianças filhas das participantes estão reunidas numa ciranda nas dependências do Hotel San Marco. Brinquedos e brincadeiras divertem os pequenos nesta edição. Confira a programação do espaço.

O credenciamento do Encontro (com a entrega de camisetas, crachás, sacolas e bloquinhos de anotação) segue em andamento nesta manhã. Acolhimento das mulheres vindas de todo país é realizado pelas trabalhadoras do SINASEFE: Lúcia, Regilaine e Raquel.

Participantes do Encontro se organizam em Grupos, oportunizando a fala de várias mulheres em cada roda de debates. Relatoras e organizadoras dos espaços foram escolhidas no início dos trabalhos em plenário.

Começou com a aprovação de pauta e uma saudação da Coordenação de Políticas para Mulheres o 2° Encontro Nacional de Mulheres do SINASEFE. Já em seguida, as participantes se dividiram em quatro Grupos de Trabalho para debater os temas:

  • Conjuntura nacional e atuação política e sindical da mulher
  • Mulher, Raça e classe: mulheres negras e indígenas
  • Mulheres LBT: gênero, sexualidade, visibilidade e representatividade
  • Violências: do assédio ao feminicídio