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Mesa de Conjuntura

Postagem atualizada em 14/11/2019 às 23h11

A mesa de conjuntura do 33º CONSINASEFE foi aberta às 19 horas desta quinta-feira (14/11), após a aprovação do Regimento Interno e de um rápido coffee break.

O espaço contou com dois palestrantes: Atnágoras Lopes, da CSP-Conlutas, e Gibran Jordão, do Fórum Sindical, Popular e da Juventude de Lutas Por Direitos e Liberdades Democráticas.

O Andes-SN também foi convidado à mesa, mas justificou a ausência e enviou por escrito uma saudação aos participantes do fórum.

CSP-Conlutas

Primeiro a falar, Atnágoras Lopes saudou a democracia do SINASEFE e parabenizou o sindicato pelo aniversário recente de 31 anos. Ele apresentou-se como base de trabalhadores da construção civil e questionou: “como nossa classe elegeu Bolsonaro?”. Para Atnágoras, isso aconteceu por uma revolta e indignação generalizadas dos trabalhadores com o que foram os governos petistas, inclusive pelas políticas de retiradas de direitos.

Agora temos um “inimigo de plantão” na Presidência e para derrotar esse inimigo temos que buscar a maior unidade possível contra todos que queiram lutar contra ele.

Atnágoras, entretanto, foi enfático ao determinar que não se pode confundir o enfrentamento de agora contra a extrema-direita com uma luta pelo retorno do modelo petista da conciliação de classes, por conta desse mecanismo ser uma chaga estrutural. “Em nome da paz se faz guerra, em nome do amor se produz ódio e em nome do socialismo já foi feita muita barbaridade”, falou o representante da Central Sindical e Popular a que o SINASEFE é filiado.

Fórum Sindical, Popular e da Juventude de Lutas Por Direitos e Liberdades Democráticas

Gibran Jordão iniciou sua palestra dizendo que precisamos saber o tamanho do inimigo que estamos enfrentando para acumular as forças necessárias para vencê-lo.

Ele disse que a retirada de direitos que estamos sofrendo em ritmo acelerado desde o golpe de 2016 faz parte de uma agenda global do capitalismo que visa diminuir o valor do trabalho, com a fórmula para isso sendo a redução de salários e o aumento de carga horária dos trabalhadores.

Gibran caracterizou o governo Bolsonaro como sendo de extrema direita com um núcleo que possui elementos neofascistas. A respeito da crise no PSL que toma conta dos noticiários, ele lembrou que não há crise na pauta econômica elaborada pelo governo e que as medidas ultraliberais elaboradas por Paulo Guedes e o Ministério da Economia, por piores e mais mesquinhas que sejam, representam um consenso entre as elites nacionais.

Para Gibran, só uma Frente Única que seja capaz de mover milhões contra a agenda ultraliberal e neofascista do governo, que possua acordos políticos comuns, pode mudar os rumos da conjuntura no país.

MST

Flávio do Carmo, do Assentamento Canaã (que fica no Distrito Federal), fez uma saudação durante a mesa. O MST-DF foi responsável pelo coffee break servido antes do debate, com cardápio tradicional do cerrado e produtos 100% orgânicos e sem agrotóxicos.

Flávio falou da importância da agricultura familiar para o Brasil e convocou as bases do SINASEFE presentes no Congresso à defesa dos biomas do país e do direito à terra para a população viver e produzir.

Debate com as bases

Após as intervenções iniciais da mesa de conjuntura (Atnágoras e Gibran) e da saudação do MST-DF (Flávio), o debate foi aberto à participação dos delegados e observadores do 33º CONSINASEFE.

Temas como o golpe de 2016; a Liberdade de Lula e as tarefas postas para o momento; a manutenção ou não da filiação do SINASEFE à CSP-Conlutas (Teses nº 86 a 90 tratam desta questão); e as estratégias possíveis para enfrentar o governo Bolsonaro foram os assuntos mais abordados nas falas dos inscritos.

Venezuela

No final do debate, um grupo de mulheres que participou ontem (13/11) do ato contra a invasão fascista à embaixada da Venezuela deu um informe sobre a situação atual da embaixada e a continuidade da solidariedade ao povo venezuelano, convidando os presentes ao 33º CONSINASEFE para um ato no próximo sábado (16/11), em frente à sede da embaixada.