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Lava jato e suas farsas: delegada forjou depoimento chave para prisão e morte de reitor da UFSC

Postagem atualizada em 24/02/2021 às 13h17

Diversos sites de notícias divulgaram nesta terça-feira (23/02) novas mensagens trocadas entre procuradores envolvidos na Operação Lava Jato. Nos textos, os procuradores confirmam que uma delegada, citada nas mensagens como Erika, lavrou um depoimento sem ter efetivamente ouvido a testemunha. À época do diálogo virtual, janeiro de 2016, a delegada Érika Marena integrava a operação. Foi essa delegada quem viabilizou, em 2017, a injusta prisão do então reitor da UFSC, Luiz Carlos Cancellier. Perseguido, profundamente difamado e abalado com a destruição de sua trajetória, Cancellier suicidou-se deixando um recado: “A minha morte foi decretada quando fui banido da universidade!!!”

Mensagens novas com o STF
De acordo com o site Carta Capital, a nova fatia do material chegou ao STF nesta segunda-feira (22/02). “A conversa faz parte de uma nova leva de mensagens apreendidas pela Operação Spoofing e anexadas pela defesa do ex-presidente Lula em processo que tramita no Supremo Tribunal Federal” destaca o site, leia a matéria completa.

Indignação
Relembrando a ação midiática da Polícia Federal (PF) que resultou na equivocada prisão de Carlos Cancellier, o diretor do SINASEFE Diego Rodolfo, que também trabalha em Santa Catarina, destaca o abuso absurdo. “Prenderam o reitor fazendo todo tipo de humilhação pública a um homem de caráter e conduta ilibados, isso gerou danos psicológicos muito severos, além de danos morais perante à sociedade. Tempos depois, infelizmente após a morte dele, ficou comprovada juridicamente sua inocência, deixando nítido o abuso e a falta de necessidade da ação”. Diante dos novos fatos revelados nesta semana, se torna ainda mais urgente a revisão de todos os processos, defende Diego: “Esperamos que tudo seja revisto, foram usados expedientes absurdos, como ficou exposta agora a falsificação de depoimentos! Esperamos que os responsáveis sejam punidos, inclusive com a demissão do serviço público”.

Punição
Cientes da conduta errada da delegada, familiares de Cancellier já haviam denunciado a postura de Érika Marena à corregedoria da PF, em 2017, mas a sindicância foi arquivada por “falta de fundamento”. “Agora temos mais uma demonstração de quanto incompetente, canalha e parcial ela era, o que enfraquece ainda mais qualquer acusação feita contra o Cacellier” comenta Elenira Vilela, professora do IFSC, ativista e ex-dirigente do SINASEFE. “É preciso exigir a apuração correta e responsabilização dos envolvidos, já que sabemos que este caso foi um ensaio para outras perseguições. Diversos crimes foram cometidos, nessas operações e falsificação ideológica é um destes crimes”, defende Elenira.

Memória
O SINASEFE pautou a perseguição sofrida por Cancellier e também por servidores de Santa Catarina, relembre: