Postagem atualizada em 25/07/2011 às 12h31
Em reunião com o conjunto de entidades representativas dos servidores públicos federais, nesta quinta-feira, 21 de julho, o secretário de Recursos Humanos do MPOG, Duvanier Paiva, declarou que não há possibilidade de conceder o reajuste emergencial linear de 14,67% aos servidores públicos federais. Indo além, a fala do secretário deixou claro que não haverá nenhum tipo de reajuste linear, e apenas poderia haver o atendimento de algumas categorias. Mesmo afirmando que algumas categorias seriam atendidas, Duvanier não explicou quais seriam e nem qual seria o montante destinado a elas.
Para as entidades, o que o governo está apresentando é uma política de congelamento salarial, como já está previsto no PLP 549/2009, em tramitação na Câmara dos Deputados e o argumento de atender “algumas categorias” é muito vago e não atende o conjunto dos SPF’s. A reivindicação apresentada pelo conjunto é de que seja estabelecida uma política salarial para os servidores/as, com a valorização dos serviços e dos/as servidores/as e o governo estaria deixando claro que não está disposto a negociar esse ponto efetivamente.
Retaliação aos grevistas
Duvanier ainda deu declarações ao jornal Correio Braziliense reafirmando a opção do governo de não receber entidades em greve: “A greve é um direito constitucional, mas é uma manifestação de confronto. Se outras categorias entrarem em greve, pode ser que a gente resolva não as receber”, afirmou o secretário.
“Número mágico”
A reunião desta quinta-feira estava prevista para acontecer no dia 15 de julho, mas o governo adiou para esta data com o argumento de que ainda estava concluindo seus estudos sobre as remunerações dos servidores. Mesmo assim, durante a reunião não foram apresentados documentos que demonstrem os cálculos, mesmo que de forma preliminar, feitos pelo governo para chegar ao número divulgado esta semana, que os reajustes atingiriam um montante de 40 bilhões de reais.