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PARTICIPANTES DO SEMINÁRIO DO SINASEFE CONCLUEM: UNIR OS TRABALHADORES PARA ENFRENTAR A POLÍTICA PARA EDUCAÇÃO DO GOVERNO

Postagem atualizada em 19/03/2013 às 2h06

Com a participação de representantes dos trabalhadores de 14 Institutos de todos Brasil, o SINASEFE realizou nos dias 16 e 17 de março um Seminário para discutir a precarização das condições de trabalho da rede e a da carreira EBTT.

Em todas as atividades do seminário houve a participação do Andes e da Fasubra, entidades sindicais parceiras das mesmas lutas.

Na primeira mesa redonda Sinasefe, Andes e Fasubra foi discutido a precarização das condições de trabalho, instigados pela pergunta: Por que o governo não negocia a pauta precarização das condições de trabalho? As entidades representativas depois de um amplo debate chegaram a uma resposta: porque a precarização levará diretamente a uma discussão sobre que tipo de educação o estado brasileiro oferece para a sociedade.

Houve consenso sobre a necessidade da ampliação da UNIDADE entre as três entidades para enfrentar um governo que vem demonstrando total falta de compromisso com a educação brasileira.

A expansão implementada pelo governo em nossa rede, bem como das universidades federais no país, trás consigo um total descaso com a garantia da qualidade do serviço prestado. A falta de condições físicas adequadas, laboratórios, profissionais (docentes e técnicos-administrativos), tem levado a criação de cursos que sequer tem condições de serem ministrados. Esta realidade demonstra a falta de compromisso do governo com a qualidade da educação no país.

O Sinasefe defendeu a necessidade da construção de fóruns unitários de todos os trabalhadores em Educação Federal, a partir da base, possibilitando a formulação de uma pauta única de reivindicação para iniciar um processo de negociação com o governo.

Na segunda mesa de debates onde foi discutida a carreira docente, com a presença do Andes e do Sinasefe, ficou claro a que a Lei 12.722 está muito longe de atender as reivindicações sobre carreira. Na verdade esta lei somente desestrutura a carreira, o governo não levou em conta a definição conceitual em seus critérios de progressão e do papel do docente.

Assim a luta pela reestruturação da carreira continua viva e não são os trabalhadores que devem pagar os custos da desestruturação, portanto quando o governo reclama dos altos custos que significa a nossa tabela remuneratória estruturada, sempre é bom lembrar que esses custos estão diretamente ligados ao prejuízo quando essa nova “lógica” de tabela, no período da implantação da carreira EBTT dada pelo próprio governo.

Na terceira mesa de debates onde foram discutidos os GT com os técnicos-administrativos, ficou claro o papel do governo em não dar continuidade ao acordo firmado durante a greve, todos os prazos iniciais para a conclusão do trabalho dos GT já se esgotaram, porém nenhum tema foi objeto de acordo.

Para o Sinasefe, a conquista para os trabalhadores está diretamente ligada a nossa capacidade de luta. A tentativa do governo em nos manter por três anos calados, com um acordo muito indigno e lei impositiva aos docentes não pode ter a nossa anuência. Este seminário deve ser reproduzido nas nossas bases para levar conhecimento melhor sobre a carreira, diagnosticar a precarização das condições de trabalho e exigir que uma mesa de negociação seja aberta.

Esse processo aliado a UNIDADE com todos os trabalhadores da educação pode levar a mudar a atual correlação de força transformando a realidade atual numa educação brasileira de qualidade.