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Sindicato acompanha sessão em memória de Marielle Franco

Postagem atualizada em 14/04/2023 às 12h29

O SINASEFE acompanhou, na manhã desta quarta-feira (15/03), sessão solene no plenário da Câmara dos Deputados em memória da vereadora Marielle Franco.

Atividade teve a condução da deputada Erika Hilton (PSOL-SP) e a participação de ministros, parlamentares e entidades sindicais. Ao contrário da maior parte dos dias, o plenário esteve ocupado pela diversidade brasileira: muitos jovens, mulheres, negras, negros e indígenas estão presentes.

A coordenadora geral do SINASEFE, Elenira Vilela, e o secretário de comunicação, Matheus Santana, representaram o sindicato no espaço.

Para um Plenário lotado, o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio de Almeida, reiterou o compromisso do governo de que o assassinato seja desvendado, e os mandantes sejam punidos. Ele avalia que não é possível o país superar seus maiores problemas históricos, como desigualdade, autoritarismo e racismo, sem desvendar o assassinato de Marielle.

“Punir os mandantes desse assassinato é antes de tudo passar um recado para todos aqueles que ameaçam defensores dos direitos humanos, ambientalistas, que ameaçam as comunidades indígenas, os quilombolas, que ameaçam parlamentares, especialmente mulheres, que esses covardes gostam de ameaçar” destacou o ministro Silvio.

Para a ministra da Igualdade Racial e irmã de Marielle, Anielle Franco, dar resposta sobre os mandantes do crime é uma forma de luta contra a violência política que atinge as mulheres pretas.” Os nossos corpos por estarem aqui hoje, todos os corpos pretos, de mulheres negras aqui presentes, por estarem vivas, já é um ato político. Enquanto a gente não responder quem mandou matar a Mari, a gente segue com essa democracia fragilizada, e espero que a gente não tenha que ficar mais cinco anos para esperar resposta dos mandantes” comentou Anielle.

Autora do requerimento de pedido da sessão, que foi assinado também por 56 outros deputados, Erika Hilton (Psol-SP) disse que a execução de Marielle e Anderson se repete todos os dias na “execução da população jovem, negra, LGBT e periférica do Brasil”. “Se uma mulher democraticamente eleita é executada da forma como foi e o Estado brasileiro permanece calado, o que nós podemos esperar desse mesmo Estado com meninos e meninas anônimos? A resposta da morte de Marielle e Anderson é uma resposta a todo o povo brasileiro”, reforçou a deputada Erika.

Já a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, afirmou que promover justiça neste caso também é uma forma de lutar pela vida das lideranças dos quilombos, aldeias e favelas. “Não é somente uma luta por justiça, mas é uma luta pela vida de todos nós que seguimos fragilizados. Lutar hoje para descobrir quem mandou matar Marielle é lutar pelo fortalecimento da nossa democracia, é lutar por igualdade de participação de nossos corpos, é lutar por essa ocupação também nos espaços de tomadas de decisão” defendeu a ministra Sônia.

Para a vereadora do Rio de Janeiro e viúva de Marielle Franco, Mônica Benício, tempo demais já decorreu sem uma resposta. “São cinco anos, cinco anos de muita dor, de muita luta, cinco anos que o Estado brasileiro não responde o que aconteceu na noite de 14 de março de 2018. Enquanto isso, a mensagem que se passa para a sociedade brasileira e para o mundo é que no Brasil existe um grupo político que é capaz de assassinar como forma de fazer política na certeza da impunidade” .

Na avaliação da viúva de Anderson Gomes, Agatha Reis, a demora na solução do caso é inaceitável e é um “insulto à memória” de Anderson e Marielle.

Confira o evento na íntegra:

* Com informações da Rádio Câmara.

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