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50 anos do Golpe de Estado no Chile: lembrar e jamais deixar repetir!

Postagem atualizada em 14/09/2023 às 10h43

Em 11 de setembro de 1973, um golpe de estado liderado pelo general Augusto Pinochet derrubou o governo de Salvador Allende, socialista eleito democraticamente no Chile em 1970. Allende resistiu aos acontecimentos que resultaram na tomada de poder no palácio presidencial La Moneda, em Santiago, e se suicidou nas dependências do palácio. O regime ditatorial que se instalou na ocasião foi um dos mais sangrentos e longos, mantendo privilégios dos militares e provocando duros efeitos sociais que o Chile sofre até hoje. O SINASEFE reforça a denúncia e o rechaço à ditadura chilena do general Pinochet e destaca a importância da punição os algozes envolvidos, transformando a dor em luta e jamais deixando se repetir tamanha barbárie.

Violência, mortes e desaparecimentos

Números da Comissão da Verdade chilena apontam que pelo menos 40 mil pessoas sofreram algum tipo de violência estatal, entre mortes, torturas e desaparecimentos durante o governo Pinochet. A democracia chilena foi restaurada em março de 1990, após um referendo de 1988 definir pelo fim do governo ditatorial.

Interesses do imperialismo

Para o SINASEFE, o golpe de 1973 no Chile, e a consequente ditadura instalada, está entre as histórias que refletem os interesses do grande Capital, simbolizado pelos Estados Unidos, não importando se democrata ou republicano. “Os governos estadunidenses sempre agiram para fragilizar as democracias da América Latina, o que ressalta a importância da nossa atuação, especialmente em tempos em que a extrema direita reafirma suas saudações às ditaduras militares nojentas diariamente no Congresso Nacional” destaca o secretário de comunicação do SINASEFE, Matheus Santana. “Na ditadura de Pinochet foram cometidos centenas de crimes de guerra, dentre eles a perseguição de brasileiros e brasileiras que estavam exiliados(as) no Chile, torturas e execuções em massa. Cercado de imunidade no Chile, Pinochet foi condenado somente por tribunais internacionais pelos crimes de violação aos direitos humanos”, comenta o secretário.

Denúncia permanente de genocidas

A denúncia permanente de ditaduras e de regimes que atacam os direitos humanos faz parte da atuação cotidiana de entidades sindicais combativas, por este motivo que o SINASEFE rechaça também a postura de bolsonaristas que enaltecem a ditadura chilena. “É muito sintomático que os bolsonaristas no Brasil saúdem Pinochet. Primeiro porque eles querem, a todo instante, dar um cargo de ‘senador’ vitalício a Jair Bolsonaro, dando a ele imunidade tal qual Pinochet obteve no Chile. O que passa um recibo, um atestado de que os crimes que Bolsonaro cometeu são crimes de violação aos direitos humanos. É comum a gente ver bolsonaristas saudando um momento tão nojento e enaltecendo um um genocida, afinal Pinochet foi considerado um genocida, por isso que Bolsonaro, sendo também um genocida, se identifica e o saúda. Genocidas são iguais né?” destaca Matheus.

Testemunhas oculares

O portal Brasil de Fato ouviu testemunhas oculares do Golpe de 1973, que ressaltaram que há 50 anos, só uma coisa importava no Chile: sobreviver a um golpe feroz. Leia o relato com detalhes aqui.

*Com informações da Agência Senado.

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