Postagem atualizada em 10/08/2020 às 21h16
A transposição das atividades presenciais para o calendário acadêmico remoto não pode ignorar as dificuldades de acesso à internet de estudantes indígenas, ribeirinhos e das periferias e também não deve reduzir o debate apenas ao aspecto tecnológico.
As instituições também precisam garantir acessibilidade a todos os estudantes com deficiência, sem responsabilizar os educadores por isso.
Ensino remoto não pode ser excludente! Por tecnologia pública e livre para todos e todas!
SINASEFE e Andes-SN na luta
Passados alguns meses desde o início do distanciamento físico ocasionado por conta da pandemia da COVID-19, se intensificaram as pressões, tanto do Ministério da Educação (MEC), dos governos federal, estaduais e municipais, quanto de muitos gestores, para a retomada do calendário acadêmico, inclusive com ameaças veladas de corte de salário.
Atualmente, são poucas as instituições que têm feito um amplo, democrático e abrangente debate com a comunidade acadêmica sobre o que fazer nesse momento. Em muitas, as opiniões de docentes, discentes e técnico-administrativos foram ignoradas. Resoluções têm sido aprovadas de forma aligeirada, sem considerar dos diversos aspectos envolvidos na retomada do calendário acadêmico de maneira remota.
Para o SINASEFE e o Andes-SN, não basta apenas pensar uma forma que transponha o ensino presencial para o ensino remoto, pois haverá perda de qualidade no processo de ensino/aprendizagem.
Conteúdo relacionado
- Ensino remoto sem levantamento abrangente sobre as condições de estudantes, docentes e técnicos? Tô fora!
- Ensino remoto que vai ampliar desigualdade? Tô fora!
- Todas as vidas importam: sem vacina, sem aula!
*Texto produzido pelo Andes-SN e revisado pelo SINASEFE