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Festejar o quê? Trabalhadores, vamos à luta!

Postagem atualizada em 01/05/2013 às 16h26

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O feriado de 1° de maio, atualmente comemorado com grandes festas populares, existe pela iniciativa de trabalhadores de Chicago – EUA que acabaram perdendo suas vidas ao reivindicarem a redução da jornada de trabalho de treze para oito horas diárias, além de melhores condições de trabalho, no ano de 1886.

Ao buscar alternativas para confrontar a miséria que o capitalismo gerou, operários advindos da industrialização exacerbada organizaram-se, através da Segunda Internacional Socialista, em 1889, em Paris, com o intuito de intensificar a luta pelas 8 horas por dia de trabalho, em homenagem aos que morreram nesse conflito. Somente 30 anos depois (em 1919) foi ratificada, pelo Senado francês, essa jornada de trabalho, estabelecendo também a data de 1° de maio como feriado nacional. No Brasil, o feriado de 1° de maio foi oficializado somente em 1925.

Quando o país começava a se organizar contra os abusos praticados aos trabalhadores pelas fábricas que chegavam, o presidente Getúlio Vargas, tentando estabelecer um equilíbrio na relação entre capital e trabalho ao unificar as leis relativas aos direitos trabalhistas já existentes, regulamentando as relações individuais e coletivas do trabalho, inclusive às 44 horas semanais de trabalho, sancionou a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, em 1943.

Sabemos que a CLT, hoje, não contempla todas as situações que os trabalhadores enfrentam, entretanto suas garantias não podem ser trocadas pela possibilidade de a negociação se sobrepor à legislação; não podemos deixar de, nesse momento, rechaçar o absurdo que consiste no Acordo Coletivo Especial – ACE, um projeto de lei que “facilita” as opressões à classe trabalhadora, uma vez que possibilita acordos e flexibilizações.

Movimentos sindicais e/ou sociais estão, por meio da unidade da classe trabalhadora em defesa de uma legislação trabalhista que contenha suas necessidades, protagonizando combates que repudiam, junto aos trabalhadores de todo o mundo, o capitalismo burguês que empobrece a sociedade.

O Sinasefe, entidade filiada à Central Sindical CSP-Conlutas, faz parte do grupo que apoia o confronto à política econômica mundial que contamina toda a sociedade com ideais político-econômicos corruptos e exploradores. Recentemente, entidades sindicais representativas de mais de 32 países, dentre elas, o Sinasefe, reunidas em Paris entre os dias 22 a 24 de março, passado, decidiram dar continuidade à batalha mundial contra a tirania que desemprega milhões e leva à extrema pobreza. Entre outras resoluções, esse grupo resolveu divulgar um manifesto conjunto, no 1° de maio, em todos os países que lutam por salários dignos, saúde e educação pública de boa qualidade. Leia aqui o manifesto completo.

O Sinasefe Nacional conclama todos os seus filiados à reflexão de que nada temos a comemorar no dia de hoje; e aproveita para, mais uma vez, da mesma forma que a classe trabalhadora brasileira uniu-se por ocasião da Marcha a Brasília do dia 24 de abril, convocar a todos a se manter em estado de mobilização constante frente a um governo que, em total desrespeito à categoria dos Servidores Públicos Federais desse país, insiste em não negociar com trabalhadores que somente reivindicam o que fazem jus, e que foi disposto no Ofício encaminhado ao MPOG que trata dos itens de nossa Campanha Salarial 2013.