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Governo segue atacando a educação e aprofunda corte de verbas

Postagem atualizada em 01/06/2022 às 12h05

SINASEFE reforça chamado à greve e mobilização da categoria diante dos novos ataques

Destacando a importância da mobilização de todas e todos trabalhadores(as) e estudantes da Rede Federal, a Direção Nacional do SINASEFE divulgou nota sobre os cortes recentes na Educação. “O governo Bolsonaro ainda faz uma chantagem explícita quando procura relacionar a necessidade de reajuste dos servidores com os cortes anunciados. A comunidade escolar não pode cair nessa armadilha, do contrário isso nos dividirá nas lutas que teremos pela frente” destaca a nota. Leia o material completo:

Nota do SINASEFE sobre os cortes no orçamento da Educação

No final do último dia 27/05 o governo genocida, negacionista e anti-ciência de Jair Bolsonaro anunciou mais um corte profundo no orçamento dos Institutos e Universidades Federais, na casa dos R$ 3,2 bilhões. O valor representa 14,5% no orçamento discricionário do Ministério da Educação (MEC). Além disso, nessa semana ainda foi anunciado um corte de R$ 3 bilhões no orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Ao menos R$ 2,5 bilhões desse total devem ser retirados do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), criado a partir do recolhimento de encargos e tributos destinados ao fomento à pesquisa científica e tecnológica.

O histórico

É importante lembrar que o orçamento para educação e pesquisa vem sofrendo sucessivos ataques e cortes já há muitos anos. Não há avanço tecnológico sem uma forte política de financiamento ao ensino e pesquisa. Mesmo assim as servidoras e servidores dos Institutos e Universidades Federais são responsáveis por mais de 90% das pesquisas científicas realizadas hoje no país. Essa produção poderia ser muito maior não fosse o fato da classe dominante brasileira ser completamente subordinada ao capital internacional que, juntamente com este desgoverno, abraça uma política ultraneoliberal e fascista em que prevalece a valorização do Estado mínimo ou de miséria em detrimento do investimento por uma política social que fortaleça um projeto soberano de nação para o Brasil.

As consequências

Com os orçamentos já muito prejudicados, as instituições de educação terão uma imensa dificuldade de manter seu funcionamento e manutenção. Os cortes afetarão diretamente os recursos responsáveis por manter essas instituições funcionando já de forma precária: aquilo que já era muito precário, agora deve se tornar uma paralisação de fato do ensino, pesquisa e extensão. Nesse sentido, a luta das comunidades escolares precisa ser unificada entre todos os segmentos que a compõem: servidores(as), estudantes, responsáveis e comunidade em geral.

Dividir pra conquistar

O governo Bolsonaro ainda faz uma chantagem explícita quando procura relacionar a necessidade de reajuste dos servidores com os cortes anunciados. A comunidade escolar não pode cair nessa armadilha, do contrário isso nos dividirá nas lutas que teremos pela frente. O projeto educacional defendido pelo SINASEFE passa tanto pela ampliação do financiamento às instituições, quanto pela valorização e melhoria das condições de trabalho de seus servidores e pela urgente ampliação do acesso, permanência e êxito dos estudantes. Quem aumentou em mais de R$ 230 bilhões a previsão orçamentária para transferir recursos públicos aos banqueiros, não pode inviabilizar a educação pública alegando não ter R$ 6 bilhões para reajustar o salário de centenas de milhares de servidoras(es).

Fortalecer a greve

Com mais de cinco anos de salários congelados e uma perda inflacionária próxima já dos 50%, não há mais condições de servidoras e servidores permanecerem nessa situação. Nossa greve cresce e se fortalece em várias regiões do país. Nossa categoria tem demonstrado uma importante disposição de luta e mobilização. O próximo mês de junho será decisivo para a consecução de nossa vitória.

Por isso, o SINASEFE mantém o chamado às suas bases para a adesão à greve e às mobilizações que temos construído em todas as nossas bases. Não há motivos para aguardar um eventual próximo governo federal para realizar essa luta, precisamos derrotar Bolsonaro e sua política de morte desde já.

Próximos passos

As entidades estudantis estão fazendo um chamado para um da nacional de luta (#TiraAMãoDaFederal) a ser realizado no dia 9 de junho nas ruas de todo o país.

As entidades sindicais e os movimentos sociais comprometidos com um projeto soberano de nação não poderão se furtar à construção desse dia de luta em conjunto com o movimento estudantil.

Por isso, o SINASEFE estará nessa construção e conclama todas suas seções sindicais, em greve ou não, para se somarem nessa importante ação de luta.

Direção Nacional do SINASEFE

Baixe o documento acima (formato PDF, 2 páginas)