Postagem atualizada em 01/04/2022 às 16h03
O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro fugiu do depoimento na Comissão de Educação que deveria ter ocorrido na manhã de ontem (31/03). Com esse gesto, ficou ainda mais forte a pressão pela instauração de uma CPI que investigue o escândalo do “Bolsolão do MEC”.
Milton Ribeiro foi convidado para para participar da audiência pública na condição de convidado, sem a obrigatoriedade de comparecer, o que seria o caso se ao invés de convite, tivesse sido aprovada uma convocação.
Entretanto, o gesto do ex-ministro, que nem sequer entregou em contato com o colegiado da comissão para comunicar a ausência, foi visto por senadores como um desrespeito jogou mais lenha na fogueira para que se instale uma CPI que irá investigar as denúncias sobre um esquema de corrupção em que pastores, que não possuíam cargos oficiais no MEC, cobravam propinas de prefeitos para que municípios pudessem acessar verbas do FNDE.
Nas próximas semanas, a Comissão de Educação, Cultura e Esporte, onde Ribeiro era esperado, realizará uma espécie de ‘pré-CPI’. Enquanto o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) reúne as 27 assinaturas necessárias para a abertura da CPI.
A previsão é que sejam ouvidos, já na terça-feira da próxima semana (05/04), nove prefeitos que teriam conhecimento de eventuais ilegalidades ou recebido pedidos de propina em troca da liberação de recursos no MEC.
O SINASEFE estará presente no ato em Brasília na próxima terça-feira (05/04), em frente ao Senado Federal, para cobrar que a CPI seja instalado e as denúncias sejam devidamente apuradas, inclusive para investigar de Bolsonaro se obteve algum benefício através do esquema.
