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Outubro Rosa: luta, prevenção, informação e conscientização

Postagem atualizada em 18/10/2023 às 14h05

Internacionalmente, desde 1990, o mês de outubro é dedicado à informação e conscientização sobre o câncer de mama. O SINASEFE se soma à campanha, há dez anos, destacando que essa conscientização passa pela luta em defesa de um Sistema Único de Saúde (SUS) de qualidade, que ofereça condições adequadas para a prevenção e o tratamento do câncer de mama.

Diagnóstico e tratamento

“É preciso prevenir o câncer de mama constantemente, não apenas no mês de outubro, já que é a maior causa de morte por câncer no Brasil. Para além das mulheres se conscientizarem e procurarem o diagnóstico e o tratamento, os serviços de saúde pública precisam viabilizar com agilidade o diagnóstico e o tratamento. É preciso atender rápido todas as mulheres diagnosticadas, porque essa é uma doença que quando diagnosticada no início é bem possível a cura” destaca Maíra Martins, secretária de políticas para mulheres do SINASEFE.

Ações efetivas

No Brasil, a Lei nº 13.733/2018 instituiu outubro de maneira oficial como mês de conscientização sobre o câncer de mama. No período devem ser desenvolvidas pelo Estado atividades como: iluminação de prédios públicos com luzes de cor rosa; promoção de palestras, eventos e atividades educativas e veiculação de campanhas de mídia e disponibilização à população de informações em banners, em folders e em outros materiais ilustrativos e exemplificativos sobre a prevenção ao câncer, que contemplem a generalidade do tema.

Para além destas ações previstas na lei, o SINASEFE destaca que é preciso garantir as condições efetivas pra que as pessoas tenham acesso não só à conscientização, mas também à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento do câncer.

“Como é que tem sido o acesso, principalmente mulheres da classe trabalhadora, aos diversos procedimentos, tanto de prevenção quanto de tratamento? Como é que essa classe é atingida, especificamente, pelos diversos fatores de risco que provocam o câncer de mama?” questiona a secretária-adjunta de políticas para mulheres, Andréa Moraes.

Evitar o sedentarismo, ter acesso à saúde pública, à atividades físicas, e ter qualidade de vida também são elementos fundamentais para evitar o câncer de mama. “Muitas vezes as mulheres se encontram diante de um enorme excesso de trabalho e, ao mesmo tempo, se deparam com ausências no cuidado delas mesmas, ou seja, que elas cuidam de todo mundo, menos de si próprias, logo, campanhas de conscientização seguem com um papel importante de reforçar essa necessidade”, destaca a secretária-adjunta.

“A conscientização e a prevenção também passam por defender os serviços públicos e defender o direito efetivo ao SUS hoje. Nesse momento de Outubro Rosa é importante ressaltar que nossa tarefa defender que os serviços públicos funcionem amplamente e efetivamente, em especial para as mulheres da classe trabalhadora. Além disso, é preciso valorizar os(as) profissionais que tornam esse acesso possível, inclusive sob repetidos ataques aos seus direitos” comenta Andréa.

Dados recentes e sintomas

Para o Brasil, foram estimados 73.610 casos novos de câncer de mama em 2023, com um risco estimado de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres.

O câncer de mama também ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres no Brasil, com taxa de mortalidade ajustada por idade, pela população mundial, para 2021, de 11,71/100 mil (18.139 óbitos). As maiores taxas de incidência e de mortalidade estão nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.

Os principais sinais e sintomas suspeitos de câncer de mama são: caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor; pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas).

Saiba mais nos materiais disponíveis abaixo:

Panfleto do Instituto Nacional de Câncer (INCA)

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