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Servidores do IFMG deflagram greve a partir do dia 25/04 pela reposição salarial

Postagem atualizada em 09/05/2022 às 18h10

A base do IFMG, organizada pelo Sinasefe IFMG, aprovou deflagração de greve salarial a partir do dia 25 de abril. A deliberação foi tomada em assembleia geral virtual da seção na tarde de ontem (06/04). O principal ponto de reivindicação dos trabalhadores é a abertura das negociações com o Governo Federal pela reposição salarial de 19,99% para o funcionalismo público.

A data de início da greve, 25 de abril, foi escolhida pela assembleia para que se tenha um período para a mobilização nos campi do IFMG e na sede da reitoria, e ainda para que sejam feitas reuniões com o objetivo de definir as reivindicações locais do movimento grevista. Um Comando de Greve Local também foi aprovado pela assembleia.

Além da reposição salarial, os servidores mobilizados também reivindicam pautas como a revogação do Teto de Gastos (EC 95/2016), melhores condições de trabalho e mais investimentos em educação, ciência e tecnologia.

Para tranquilizar a base e mobilizá-la para a greve, a diretoria do Sinasefe IFMG está reforçando a informação entre os servidores de que ninguém pode ser punido pela participação na greve. Trata-se de um direito constitucional dos servidores regulamentado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Não há espaço para punição de servidores por adesão a um movimento grevista. É bom dizer que, mesmo sem estar efetivado, o servidor em estágio probatório tem todos os direitos dos demais, portanto pode exercer o direito constitucional de greve.

Salário congelado há anos e descaso do governo

Diferentemente da iniciativa privada, os trabalhadores do serviço público não têm reajuste anual na remuneração. Dessa forma, o salário dos técnico-administrativos e docentes da Rede Federal de Educação mantém-se igual, sem qualquer reajuste, há quase cinco anos. A crise econômica brasileira, somada à carestia e aliada à alta da inflação, trouxeram uma perda salarial aos trabalhadores de mais de 50% no período.

Em 18 de janeiro, o Fonasefe (fórum de servidores do qual o SINASEFE faz parte) protocolou a pauta de reivindicações do funcionalismo público junto aos órgãos do Governo Federal pela reposição salarial de 19,99%. De lá pra cá, o governo Bolsonaro ignora as reivindicações apresentadas em conjunto pelas categorias, como vimos nas reuniões de 22/03 e 01/04, ambas com o Ministério da Economia, em Brasília-DF.

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* Matéria escrita com informações do Sinasefe IFMG