Postagem atualizada em 09/03/2022 às 15h43
No dia 23/02 foi realizada, de maneira virtual, a Plenária Nacional do Funcionalismo Federal, convocada em conjunto por Fonasefe e Fonacate. O evento, que contou com a participação de mais de 240 servidores, representando entidades de servidores de todas as partes do país, aprovou o novo calendário de lutas e da construção da greve do funcionalismo público.
O novo calendário de mobilização tem o indicativo de um Dia Nacional de Paralisação e Greve em 16 de março – onde será dado um ultimato ao Governo Federal – e um indicativo de início de Greve Nacional por tempo indeterminado para sete dias depois, a ser deflagrada em 23 de março, caso o silêncio por parte do governo Bolsonaro permaneça.
Calendário aprovado
- 8 de março: Dia Internacional de Luta das Mulheres
- 9 de março: Lançamento do Comando Nacional de Construção da Greve
- 16 de março: Dia Nacional de Greve – ultimato dos servidores ao Governo Bolsonaro, com ato em Brasília-DF
- 23 de março: Indicativo de Deflagração de Greve por Tempo Indeterminado
Contexto
Em 18 de janeiro, os servidores federais fizeram uma manifestação em frente ao Ministério da Economia, onde protocolaram a exigência de recomposição salarial. Passados mais de 45 dias, o Governo Federal ainda não se posicionou quanto a negociação.
Os trabalhadores e trabalhadoras do serviço público, que durante a pandemia mostraram como seus papéis são fundamentais, estão há quase cinco anos com salários congelados, sem recomposição, o que tem resultado em perdas financeiras severas para as categorias.
Plenária Nacional do Funcionalismo Federal
Nos debates da Plenária Nacional do Funcionalismo Federal de 23/02, os participantes ressaltaram a importância desse espaço aberto para ouvir a base dos servidores públicos federais.
Os representantes do Fonasefe afirmaram a certeza da necessidade e da existência de condições para realização de uma grande Greve Nacional a partir de 23/03, caso o governo não inicie a negociação pela recomposição salarial de 19,99%.
O aumento da inflação no atual governo Bolsonaro tem causado uma preocupante corrosão da remuneração dos servidores. E isso ficou evidenciado nas falas de muitos participantes da Plenária, que compartilharam como está o andamento da construção do movimento grevista em seus locais de trabalho, reafirmando a forte indignação das categorias pela defasagem salarial e pela precarização das condições de trabalho dos servidores.
Reveja abaixo a Plenária Nacional do Funcionalismo Federal de 23/02 na íntegra:
Chamado às seções
O SINASEFE convoca as seções sindicais que puderem vir a Brasília-DF para participar do grande ato de 16/03 a se fazerem presentes.
Todos os sindicalizados que vierem para a atividade devem respeitar protocolos de segurança sanitária para evitar a disseminação da COVID-19, estando em dia com o protocolo de vacinação, mantendo distanciamento social de pelo menos 1,5m, higienizando as mãos com álcool 70% e fazendo o uso de máscaras PFF2, N95 ou KN95 (o sindicato distribuirá esse item para quem não tiver).
Desaconselhamos a vinda de quem teve sintomas nos últimos 14 dias antes da viagem ou teve contato com pessoas contaminadas pela COVID-19.
Posição do SINASEFE
O SINASEFE aprovou na 170ª PLENA o seu estado de greve.
Com isso, nossa entidade estará na construção da mobilização de 16/03, rumo à construção de uma greve por tempo indeterminado. Confira aqui o que foi aprovado no fórum realizado em 19 e 20 de fevereiro.
Antes do ultimato de 16/03, o SINASEFE voltará a se reunir com suas seções sindicais na 171ª PLENA, agendada para 12/03 (convocatória e pauta serão divulgadas em breve).
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* Matéria escrita com informações do Fonasefe