Greve 2022Reposição Salarial Já!Notícias

Se não lutarmos, o reajuste não virá…

Postagem atualizada em 11/06/2022 às 0h44

Estamos com salários congelados desde janeiro de 2017 (caso dos Técnico-Administrativos em Educação) e desde agosto de 2019 (caso dos docentes da carreira EBTT). De lá pra cá, a inflação corroeu e defasou as remunerações dos trabalhadores da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica – base representada pelo SINASEFE.

O arrocho salarial e a carestia têm batido à porta dos servidores públicos federais. E para dar um “basta!” nessa situação, o Fonasefe iniciou (em dezembro de 2021) um movimento de greve salarial unificada para o funcionalismo federal e o SINASEFE aprovou a deflagração de sua greve salarial por tempo indeterminado na 173ª PLENA, com a mesma tendo iniciado em 16 de maio.

Nesta sexta-feira (10/06), a greve alcançou deflagração em 11 Institutos Federais, aprovação em outras cinco seções sindicais (com deflagrações para o período de 13 a 24/06) e mobilização em outras cinco seções.

A greve do SINASEFE já é uma realidade. Nossa tarefa, agora, é fortalecer a greve do sindicato para forçar o Governo Federal a abrir negociação conosco – o que, até o momento, não aconteceu.

O discurso de Bolsonaro sobre nosso reajuste é ultrajante: nada está confirmado, tudo que ele faz é fofoca em entrelinha de discurso eleitoreiro, visando – principalmente – angariar apoio entre as polícias federais (Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Penal). Vamos relembrar a evolução da conversa mole:

Cronologia da mentira

16/11/2021 – Promessa

Em viagem para Doha, no Catar, Bolsonaro afirmou que a aprovação da PEC do Calote dos Precatórios, que abriu espaço no Orçamento de 2022, permitiria ao governo dar um reajuste salarial a todos os servidores públicos federais. Na ocasião, ele não explicou de quanto seria o aumento.

21/12/2021 – Reajuste restrito

De maneira eleitoreira, cínica e oportunista, Bolsonaro atuou para que o Congresso aprovasse o Orçamento de 2022 com R$ 1,7 bilhão destinado a um reajuste salarial restrito a servidores da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Depen e Ministério da Justiça. A estratégia de Bolsonaro estava clara: “comprar” o apoio dos servidores das carreiras policiais federais em ano eleitoral!

20/01/2022 – Passo atrás

Diante da mobilização do Fonasefe e do Fonacate frente à possibilidade de apenas policiais receberem aumento, Bolsonaro passa a colocar em dúvida o cumprimento da promessa. Em entrevista à Joven Pan, ele diz que o reajuste para carreiras policiais seria suspenso.

13/04/2022 – Fofoca na imprensa sobre suposto reajuste de 5%

A imprensa noticiou, sem fontes e sem nenhum documento oficial que comprovasse a afirmação, que Bolsonaro daria um suposto reajuste linear de 5% a todos os servidores, tanto civis quanto militares. Representantes de categorias de policiais federais, no entanto, reclamam de terem sido enganados pelo Presidente e reivindicam reajuste maior. As demais categorias denunciam que 5% não cobriria sequer a inflação de 2022.

31/05/2022 – Mais fofoca na imprensa, agora sobre o vale-alimentação

Com o crescimento das pressões dos servidores, com mobilizações e greves, surge uma nova suposta proposta na imprensa de reajustar o vale-alimentação, beneficiando apenas os servidores ativos. Novamente sem informações concretas sobre o valor do reajuste e gerando novas insatisfações entre os servidores, diante do valor bem abaixo do reivindicado pelas entidades classistas do serviço público.

Sem luta, não haverá conquista!

Não dá pra levar a sério um Governo que brinca de fofocar e que não chama as entidades para negociar e expor o que tem (se é que realmente tem!) de proposta para o nosso reajuste.

Vamos fortalecer a greve, única alternativa para garantir conquistas e direitos na atual conjuntura!