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Sindsifce: nova diretoria toma posse destacando desafios no IFCE e luta contra a reforma administrativa

Postagem atualizada em 12/02/2021 às 0h21

A nova diretoria do Sindicato dos Servidores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (Sindsifce), eleita para o biênio 2020-2022,  tomou posse em assembleia geral da categoria na quarta-feira(30/09). A assembleia aconteceu de forma virtual, conforme preconizam os cuidados de saúde na pandemia.

A chapa recém-eleita para a diretoria colegiada do Sindsifce, “Unidade e Luta”, abordou suas principais propostas para a gestão e fez uma análise da atual conjuntura de lutas no âmbito do IFCE, da rede federal de educação, da defesa dos servidores com a pandemia e suas consequências. A análise passou pelos da efeitos da imposição do ensino e do trabalho remotos, sem diálogo com a comunidade acadêmica e pelos prejuízos dos trabalhadores e estudantes com dificuldades de acesso à internet e com realidades familiares desafiadoras.

Os novos diretores e diretoras do sindicato destacaram que a comunidade acadêmica do IFCE sofre com problemas recorrentes como assédio moral e sexual, perseguição de gestores a servidores, ausência de diálogo e democracia nas decisões, adoecimento de servidores, falta de instâncias de participação efetiva em planejamentos, falta de transparência na utilização de recursos e nas prestações de contas, pouca diversidade entre os ocupantes de cargos de gestão, com baixa presença de mulheres, negros e LGBT.

Luta contra a reforma administrativa

Também foram abordados os desafios na resistência ao governo federal e ao desmonte que vem promovendo na educação pública e no Estado brasileiro como um todo, e os prejuízos à população.

“Temos nacionalmente uma missão histórica, de dialogar com toda a sociedade e dizer que defender as carreiras públicas, ser contra a reforma administrativa é defender o serviço público, principalmente os serviços para quem mais precisa”, destacou a servidora Rafaella Florêncio, da nova diretoria da entidade.

“Nesse cenário, de pandemia desemprego, informalidade, condição dramática, essa reforma mira nos servidores públicos, mas não toca nos super salários das cúpulas do Judiciário, do Legislativo, nos militares… Atingirá de forma dramática a população mais pobre, usuária dos serviços públicos”, ressaltou Artemis Martins, integrante da diretoria anterior e da recém-eleita. “É fundamental abrir o diálogo sobre a reforma administrativa com a população. Explicar que o ataque aos servidores públicos é na verdade a aceleração do desmonte aos serviços públicos”, frisou.

Gestão “Resistir sem Temer” encerrou atividades

A servidora Rozana Lemos realizou discurso de prestação de contas e encerramento, em nome dos integrantes da gestão anterior do Sindicato, “Resistir Sem Temer”.

“Foram anos difíceis, mas nossa gestão foi forte, foi atuante, foi combativa e corajosa dentro da conjuntura tenebrosa que se instalou no nosso país, ela foi, sobretudo, resistente. Atuamos corajosamente tanto na esfera federal, quanto na esfera local, combatendo todos os ataques sofridos pela categoria de servidores, diante de uma gestão local que se moldou sem resistência ao novo modelo de gestão imposta pelo governo federal”, destacou.

“Nós resistimos, Tenho orgulho de ter lutado ao lado das minhas companheiras e dos companheiros, Sofremos derrotas e tivemos algumas vitórias. Não teve se quer uma arbitrariedade imposta a nós que não fosse contestado. Estávamos lá nas comissões, nos comitês, no Consup mesmo sendo, muitas vezes, uma voz solitária, em defesa da instituição, dos servidores, por melhores condições de trabalho e isonomia da instituição”, ressaltou, enfatizando também a realização do 1º Encontro de Mulheres Servidoras do IFCE e a ampliação dos laços com os movimentos sociais pela defesa da Educação e pelo fim das desigualdades sociais.

*Matéria elaborada e divulgada pela Assessoria de Comunicação do Sindsifce

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