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8M: vamos às ruas contra o fascismo e a opressão

Postagem atualizada em 11/07/2020 às 12h16

Em consonância com seus princípios, debates e deliberações de fóruns recentes, o SINASEFE reforça a importância da participação de todos e todas nas atividades do próximo dia 8 de março de 2020, em todo país. O sindicato nacional convoca trabalhadoras e trabalhadores a reafirmar nas ruas a luta irrestrita contra as opressões e discriminações.

Debatida recentemente por quase 300 mulheres em atividade realizada em Brasília-DF, a luta contra a opressão e a violência machista segue urgente, não apenas no 8M, mas no cotidiano da população brasileira, como pautado na Carta do 2º Encontro de Mulheres do SINASEFE (de 13/11/2019):

“O governo atual, de caráter conservador, fascista de extrema direita, demonstra repetidas posições desfavoráveis às mulheres, acirrando perdas de direitos e ataques às nossas principais conquistas, tanto no movimento social, sindical, como político.
Ressaltamos o crescimento dos desafios vivenciados pelas mulheres na atual conjuntura, assim como apontamos a necessidade de manutenção das conquistas e da ampliação dos espaços de debate e de existência das mulheres. Acentuamos a importância de lutarmos contra os retrocessos experimentados nos últimos meses, enfrentando toda e qualquer pessoa que se coloque contra a equidade de gênero, sexualidade, raça e classe.
Apontamos a necessidade da ampliação da divulgação nas seções sindicais, incentivando e garantindo a participação das companheiras nos Encontros de Mulheres e em todas as demais instâncias do SINASEFE, possibilitando, como consequência, o aumento na inclusão e a redução na invisibilidade das mulheres no movimento social.
É lamentável que, em nossos locais de trabalho, ainda vivenciemos estruturas machistas que dificultam o nosso acesso aos espaços de gestão dos IFES ou no próprio Sindicato. Presenciamos diariamente nas nossas instituições questões de assédio moral e sexual, como também a desvalorização das mulheres, intensificadas pela polarização de extrema direita em nossos espaços
de trabalho.”

Há décadas a data do 8 de março é dedicada, internacionalmente, à luta das mulheres. Nos últimos quatro anos o dia tem se tornando um momento de greve e paralisação mundial em defesa da vida das mulheres.
Além de somar esforços às mobilizações que já estão sendo organizadas em centenas de cidades, a proposta do SINASEFE para o período é de estimular a realização de atividades pautando temas como: feminismo, violência machista, luta por direitos das mulheres, luta contra o fascismo, descriminalização do aborto (educação sexual para prevenir, contraceptivos para não engravidar e aborto legal e seguro para não morrer).

Objetivos

O SINASEFE orienta a realização de atividades públicas nos locais de trabalho ao longo da semana que se inicia em 08/03 – e também durante todo mês de março. Buscar envolver mulheres de todos os espaços e condições de vida: negras, indígenas, quilombolas, com deficiência, lésbicas, bissexuais, trans, cis, idosas, encarceradas, periféricas, camponesas, sem teto, mães, não mães, estudantes, jovens, desempregadas etc.

Sugestões de atividades e atos

  • Marcha pela vida das mulheres, contra o fascismo e contra a retirada de direitos;
  • Paralisação com mobilizações;
  • Panfletagens;
  • Varal feminicídio (pendurar em um varal o nome das mulheres que foram assassinadas);
  • Cortejo em que mulheres caracterizadas falam os nomes e as condições em que as mulheres foram mortas;
  • Esquetes teatrais abordando questões do machismo e do feminismo;
  • Cursos de autodefesa para mulheres;
  • Alarme que toca a cada 11 minutos, para lembrar de quanto em quanto tempo uma criança ou mulher é estuprada no Brasil;
  • Apresentação de DJ’s mulheres com músicas feministas;
  • Confecção de camisetas e outros acessórios com estêncil de marcas feministas;
  • Oficina de esportes ‘supostamente masculinos’ (rugby, futebol, sinuca, boxe, judô, etc);
  • Cinedebates: filmes com debates sobre questões feministas: “Acorda Raimundo”, “As sufragistas”, “Muito além dos seios”, “Estrelas além do tempo” e outros (confira mais nesta lista de sugestões, sugestões 2, ou mesmo nesta terceira lista).

Ideias de debates e/ou rodas de conversa

  • Emancipação e empoderamento feminino;
  • História do feminismo;
  • Correntes do feminismo;
  • Interseccionalidades da luta feminista com outras: a luta anticapitalista, de combate ao racismo, à LGBTfobia e a todas as outras formas de opressão e exploração;
  • Assédio (moral e sexual);
  • Violências: física, psicológica, patrimonial e econômica, moral, sexual, institucional. Explicar o que são: gaslighting, manterrupting, mansplaining, bropriating (mais informações sobre estes termos);
  • Direitos Trabalhistas e sociais;
  • Direito ao corpo e liberdade sexual;
  • Trabalho silenciado e não remunerado (trabalho doméstico, reprodutivo, de cuidado da família);
  • Mulheres na ciência (destacar mulheres que deram contribuições fundamentais à ciência cujas histórias são silenciadas ou apagadas);
  • Mulheres invisibilizadas na História (nas guerras, como lideranças políticas, nas artes, nas ciências, na economia, como empresárias, etc)
  • Equidade;
  • Direito e condições para realizar a maternidade e a maternagem e para escolher não ser mãe;
  • Descriminalização e legalização do aborto (aborto legal no Brasil: casos de estupro – não é necessário boletim de ocorrência – anencefalia e risco de vida pra mãe), questão de saúde pública, questão de equidade (para as mulheres ricas o aborto já é ‘legal’ no Brasil, apenas as negras e pobres morrem), . Confira o debate realizado na 161ª PLENA sobre a legalização do aborto:

Divulgação de ações

O sindicato solicita às Seções Sindicais que enviem fotos e informes das atividades relacionadas ao tema e da participação em mobilizações. O envio poderá ser feito via e-mail: imprensa@sinasefe.org.br e/ou WhatsApp/Telegram: (61) 98281-0168.

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