Postagem atualizada em 17/08/2020 às 12h36
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Muitos justificam a adoção do ensino remoto nesse momento de pandemia pela necessidade de garantir a formação dos estudantes. Mas como assegurar para uns, sem garantir para todos?
Na sociedade meritocrática e opressora em que vivemos, negros e negras, mulheres, LGBTs, jovens da periferia e pessoas com deficiência já têm maior dificuldade de conseguir bons empregos, e ainda recebem salários mais rebaixados.
Não podemos “facilitar” a formação de alguns e deixar outros estudantes para trás. Como será a formação dos estudantes indígenas e ribeirinhos?
O ensino remoto, em substituição ao presencial, não pode contribuir para ampliar as desigualdades de acesso à Educação e nem aprofundar a desigualdade de acesso ao mercado de trabalho!
SINASEFE e Andes-SN na luta
Passados alguns meses desde o início do distanciamento físico ocasionado por conta da pandemia da COVID-19, se intensificaram as pressões, tanto do Ministério da Educação (MEC), dos governos federal, estaduais e municipais, quanto de muitos gestores, para a retomada do calendário acadêmico, inclusive com ameaças veladas de corte de salário.
Atualmente, são poucas as instituições que têm feito um amplo, democrático e abrangente debate com a comunidade acadêmica sobre o que fazer nesse momento. Em muitas, as opiniões de docentes, discentes e técnico-administrativos foram ignoradas. Resoluções têm sido aprovadas de forma aligeirada, sem considerar dos diversos aspectos envolvidos na retomada do calendário acadêmico de maneira remota.
Para o SINASEFE e o Andes-SN, não basta apenas pensar uma forma que transponha o ensino presencial para o ensino remoto, pois haverá perda de qualidade no processo de ensino/aprendizagem.
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*Texto produzido pelo Andes-SN e revisado pelo SINASEFE