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Janeiro de luto: servidores do Ifam lamentam 14 mortes

Postagem atualizada em 28/01/2021 às 20h02

A tragédia sanitária que atinge Manaus-AM tem efeitos negativos na vida de todos. Diante da falta de leitos hospitalares, de vacinas para todos e até de oxigênio – o recurso mais vital de uma UTI -, a capital amazonense e seus moradores vivem o pior momento da pandemia no país.

O reflexo dessa situação na vida dos trabalhadores do Instituto Federal do Amazonas (Ifam) é devastador: só nesse mês de janeiro, já aconteceram 14 mortes, 12 delas motivadas pela COVID-19.

Em meio a tudo isso, o Colégio Militar de Manaus-AM cometeu a irresponsabilidade de convocar seus servidores ao trabalho presencial – uma verdadeira convocação para a morte! Felizmente, após atuação do SINASEFE NACIONAL e do Sinasefe Manaus-AM, a gestão do Colégio recuou da decisão.

O único posicionamento aceitável para o cenário atual, em Manaus-AM e também em todo o país, é o de dizer que sem vacinação e imunização para todos não pode haver atividade presencial na Educação. Permitir isso é abrir as portas para um genocídio de trabalhadores e estudantes!

Podemos afirmar, sem medo de errar, que o negacionismo do governo Bolsonaro e dos seus apoiadores foi o principal responsável pela instauração dessa tragédia sanitária em Manaus-AM. Dentro do próprio Ifam, havia quem defendesse o retorno das atividades presenciais desde abril de 2020 (o segundo mês da pandemia no país). Se esse posicionamento tivesse sido escutado e seguido, certamente a dimensão da tragédia para os servidores do Ifam seria ainda maior – como está sendo para os docentes da Rede Estadual de Educação, que tiveram o retorno às aulas presenciais no Amazonas.

Memorial

Como alerta a todos, principalmente aos que ainda duvidam da letalidade da COVID-19, deixamos aqui o memorial dos 14 companheiros e companheiras do Ifam que tombaram nesta pandemia. Que ele sirva como uma prova material de que não podemos aceitar o retorno às aulas presenciais sem a vacinação de todos: professores, técnico-administrativos, trabalhadores terceirizados e estudantes.

  • 4 de janeiro: José da Silva Izel (técnico-administrativo, Reitoria-DGP)
  • 5 de janeiro: Aldicea Craveiro de Lima Ferreira (professora, CMC)
  • 9 de janeiro: Raimunda Alves Silva (técnica-administrativa, CMC)
  • 10 de janeiro: Frank da Silva Morais (professor, CMZL)
  • 10 de janeiro: José Antônio Dourado Texeira (professor aposentado, CMC)
  • 11 de janeiro: Antônio Venâncio Castelo Branco (reitor e professor, CMC)
  • 12 de janeiro: Marcos Costa Maciel (professor, CMDI)
  • 13 de janeiro: Daniel da Silva Nogueira (técnico-administrativo, CMDI)
  • 14 de janeiro: Elival Martins dos Reis Júnior (professor, CMZL)
  • 16 de janeiro: Mario Gilson Santos Borges (professor, CMC-Reitoria)
  • 23 de janeiro: Roquelane Batista de Siqueirado (professor, CMC)
  • 24 de janeiro: José Carlos Batista (técnico-administrativo, CMC)
  • 26 de janeiro: Carlos José Batista Machado (professor, CMC)
  • 27 de janeiro: Maria do Perpétuo Socorro Conceição da Silva (professora, CMZL)

Companheiros e companheiras presentes, agora e sempre!