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“A vida é uma dádiva a ser cuidada”: trabalhadores entram em greve no CMB

Postagem atualizada em 25/09/2020 às 16h39

Trabalhadores civis do Colégio Militar de Brasília (CMB), organizados em seção sindical do SINASEFE, aprovaram, nesta quinta-feira (24/09), greve sanitária contra a retomada de atividades presenciais na escola. “Entendemos que a vida é aqui e agora, e, acima de tudo, uma dádiva a ser cuidada” destaca a categoria em informe oficial de sua assembleia. Além do movimento paredista, a justiça impediu, liminarmente, a volta presencial na instituição, em resposta à ação judicial da Seção Sindical do CMB.

Deliberação nacional
Antevendo a postura inconsequente de gestores, o SINASEFE já aprovou, desde julho, em sua 163ª PLENA, a deflagração nacional de greve nos locais que determinarem retorno presencial e/ou semipresencial das atividades. Cumprindo trâmites legais, o sindicato notificou ao Ministério da Defesa desta decisão e trabalhadores organizados nas seções espalhadas pelo país se mobilizam para resistir, em greve, e defender o direito à vida.

Grande risco de contágio
“Fomos convocados pelo Comandante do CMB Coronel Carlos Vinícius Teixeira de Vasconcelos para a retomada das aulas presenciais, a partir do dia 21/09/20, ordem da qual discordamos por ficarmos expostos à contaminação, por maiores que sejam os cuidados que o Colégio divulga. Conhecemos a realidade escolar e temos consciência de como é difícil garantir a vigilância das crianças e dos adolescentes reunidos, assim como a manutenção da higienização dos espaços do CMB como um todo” destacam os trabalhadores civis do CMB.
“Estamos vivenciando um momento difícil e grave, consequência da pandemia causada pela COVID-19. Além disso, as recomendações da OMS são claras sobre os cuidados a serem tomados, enquanto não tivermos a vacina, o que dará a todos os cidadãos a proteção contra o vírus. Durante a Assembleia avaliamos que o retorno presencial apresenta grande risco de contágio. Entendemos que, assim como o professor é a autoridade no contexto escolar de ensino e aprendizagem, os profissionais da saúde são as autoridades no contexto sanitário. Por isso, pedimos, encarecidamente, que a população, especialmente a nossa estimada família garança, siga as orientações sanitárias expedidas pelas autoridades de saúde, médicos, infectologistas, epidemiologistas e virologistas em relação ao contexto atual”
assinala a nota da SSCMB.

Ação no MPM
Além da mobilização paredista, o SINASEFE acionou o Ministério Público Militar (MPM) contra a decisão de retorno das atividades presenciais nos colégios militares, tomada no último dia 15/09. A representação foi motivada pela falta de observação de critérios sanitários gerais ou locais.

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