Postagem atualizada em 18/09/2023 às 17h07
Foi realizada em Brasília-DF, no dia 31/08, a primeira reunião de articulação unitária dos movimentos populares e sindicais. A atividade, realizada na sede do Sintfub, contou com a presença de mais de 60 organizações – dentre as quais, o SINASEFE – e aprovou uma agenda de atividades.
Síntese da discussão
- O momento exige o reforço e ampliação da unidade política, tão necessária para a vitória eleitoral de 2022 e importante fator mobilizador de pautas estratégicas para avanço de um projeto democrático, popular, antirracista e antipatriarcal de país. A iniciativa da atividade foi saudada e recebida com entusiasmo por todas as organizações presentes;
- No cenário político, a extrema direita permanece ativa e organizada, buscando exercer influência na política. A maioria do parlamento mantém uma postura conservadora e neoliberal, apresentando-se como um obstáculo à concretização do programa que foi eleito nas eleições;
- No primeiro semestre houve avanços importantes promovidos pelo Governo Federal, porém insuficientes frente ao desalento social que o Brasil se encontra. Insuficiente também foi a conscientização da população sobre os avanços que tivemos no campo social, econômico e político;
- Ainda nos deparamos com a dura realidade de uma grande quantidade de trabalhadores desempregados ou atuando informalmente, sem proteção social, a persistência da pobreza, a exclusão das condições de vida da população, a situação trágica do genocídio da população negra, a evasão escolar;
- Para as organizações populares e sindicais, a luta contra a extrema direita, contra a pobreza e a reversão dos retrocessos dos últimos anos, está no centro da estratégia. Isso inclui a defesa da democracia, o enfrentamento ao Mercado Financeiro (com a redução das taxas de juros e reforma tributária), a recusa de anistia a golpistas e financiadores, a prisão de Bolsonaro, a luta contra o machismo, o racismo, a LGBTIA+fobia e várias formas de opressão, a defesa dos povos indígenas, contra o Marco Temporal e a defesa dos movimentos sociais brutalmente atacados, como o caso do MST;
- Há urgência em capilarizar as lutas nos estados, defender o serviço público, aprofundar o debate sobre segurança pública e incorporar as lutas que envolvem a agenda do trabalho e negociação coletiva;
- De janeiro à agosto, foram realizadas importantes mobilizações populares que promoveram debates em torno do novo contexto politico brasileiro e apresentou as relevantes contribuições, como exemplo: a Marcha das Margaridas, a Campanha Terra Livre, 27 Congressos Estaduais da CUT, Congresso da UNE, Jornada de Mobilização do Movimento Negro, Encontro de 25 anos do MTST e a Feira da Reforma Agrária;
- É evidente a necessidade de uma articulação unitária entre os movimentos sociais e sindicais. No primeiro semestre de 2023 já foram executadas agendas e ações conjuntas, no entanto é crucial avançarmos com uma articulação unitária com mobilização constante, dada a importância do protagonismo dos movimentos sociais e sindicais no contexto do novo Governo.
Agenda de atividades
- 07/09 – 29º Grito dos Excluídos
- 19/09 – Plenária de Articulação das Lutas e Movimentos Populares
- 03/10 – Aniversário da Petrobras
- 03/10 – Lançamento da Articulação dos Movimentos Populares e Sindicais
- 20/11 – Dia da Consciência Negra
- 25/12 – Natal Solidário
Relatório da reunião
Baixe aqui o relatório da reunião de articulação unitária dos movimentos populares e sindicais visível acima (formato PDF).
Participação do SINASEFE
O SINASEFE esteve presente na reunião de articulação unitária dos movimentos populares e sindicais de 31/08, representado por: Andréa Moraes (secretária-adjunta de políticas para mulheres), David Lobão (coordenador geral), Elenira Vilela (coordenadora geral) e Leewertton Marreiro (Sintef-PB).